🔮 O poder das palavras

O Projeto de Lei 2630, chamado de PL das “Fake News”, regula as redes sociais, proibindo as “fake news”, o discurso de Ăłdio e os discursos extremistas. Posto assim, parece atĂ© bom. No entanto, o intuito nĂŁo Ă© bom como parece. O relator da lei (deputado Orlando Silva - PC do B) revela as reais intençÔes e quem vai decidir o que Ă© “fake news”, discurso de Ăłdio e discursos extremistas.

Atitudes de ditador vĂȘm em suaves prestaçÔes, e Ă© isso o que estĂĄ acontecendo. NĂŁo podendo ser algo ruim, a palavra “democracia”, quando utilizada, antecede (ou acompanha) uma arbitrariedade.

As OrganizaçÔes Globo “deram uma força” e comemoraram a chegada de Lula ao poder. Como parecia Ăłbvio, a Globo Ă© uma entusiasta da regulação, como ficou evidente no editorial do jornal ‘O Globo’. Como em 1964, novamente, eles estĂŁo do lado errado.

EstĂŁo apoiando novamente interesses ditatoriais por interesses prĂĄticos: financeiros, comerciais e trabalhistas. O governo federal, deixando tudo bom para ambas as partes, despejou uma “grana socialista” na imprensa. Enquanto isso, ninguĂ©m quer estrelar o “passaralho” global e que as propagandas, que correram para a internet, sumam.

O apelido “Fake News” (notĂ­cias falsas) atribui ao projeto um valor positivo, afinal, ninguĂ©m deve ser favorĂĄvel Ă s notĂ­cias falsas. Quando vocĂȘ ouve, assiste e lĂȘ que essa lei serĂĄ votada com urgĂȘncia, sem informação nĂŁo hĂĄ como ser contra. PorĂ©m, a internet veio anular essa “Espiral do SilĂȘncio”, mostrando que a opiniĂŁo da imprensa nĂŁo Ă© a maioria nem hegemĂŽnica. E que as manchetes ou chamadas atendem a interesses particulares.

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Democracia, ninguĂ©m Ă© contra; “fake news”, mesmo nĂŁo sabendo o significado, ninguĂ©m Ă© a favor (ao menos em pĂșblico). Essas expressĂ”es sĂŁo utilizadas, como coringas, para defender interesses inconfessĂĄveis.

Exemplo 1: o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, protelou a instalação da CPMI (ComissĂŁo Parlamentar Mista de InquĂ©rito) do 8 de Janeiro. Para tornar as escusas palatĂĄveis, ele disfarçou tudo com a palavra “democracia”.

Exemplo 2: defendendo interesses muito particulares, usa-se a imprensa para manipular a opiniĂŁo pĂșblica (engenharia social). Todo e qualquer veĂ­culo de mĂ­dia visa ao lucro e poder. A internet transferiu esses ativos ao indivĂ­duo. Restou Ă  imprensa disseminar o medo. A “fake news”, o “discurso de Ăłdio” e os “discursos extremistas” cumprem esse papel.

Palavras ganharam um novo significado (genocida, fascista, golpe, terrorista, extremista, democracia), subestimando a inteligĂȘncia da massa. O pior Ă© que funciona! Tem mĂ©todo.

RRRafael
Enviado por RRRafael em 27/04/2023
Reeditado em 27/04/2023
CĂłdigo do texto: T7774128
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