Viva, viva, viva
Trague seu cigarro, beba sua cerveja e tente esquecer o instante de tensão. Os vícios contornam o labirinto de nossas mentes e perpetuam um falso prazer. A idéia é se desvincular dos problemas, mantê-los, por ora, longe das tarefas momentâneas. O ar que respiramos é impuro, carregado de notas amargas e alcatrão queimado. Não basta ignorar o tabaco, ele está no ar, no matrimônio entre a dependência de seu querido e seu vício incontornável. Não se abale! Cabe aos deflagrantes tornar mais curto o prazer de quem os utiliza até que outro o substitua. O bom moço está carregado de inconsistências. Suas premissas bambeiam na vara de um espetáculo circense. Essa é a lógica da vida. Tudo se apaga como uma chama benevolente, violada pela astuta ventania e seus comburentes ineficazes. Deixe fruir, a vida dos comuns é leviana, repleta de fatos e poucos feitos. Quem encarna as mudanças deve aceitar os dilemas de uma vida pautada por princípios, mesmo que eles te joguem no insulado de uma vida consciente e diversa do senso comum, distante de tudo o que se propaga. Viva, viva, viva! Você é forte; mais forte do que tudo isso. Existe um amor profundo no que se faz. Tudo é fruto de um amor pelo próximo, uma luta contra certos capatazes e seus senhores detentores de tal poder. Nada é para sempre. Acredite nisso. Sua vida será plena, fora da mediocridade de um inculto hedonista.