🔴 Audiência fora do ar
Segundo William Bonner, o brasileiro médio é o “Homer Simpson”. Com esta afirmação, ele não quis dizer que o brasileiro é simpático, divertido e legal. Não, o personagem de desenho animado traduz o cidadão destituído de raciocínio minimamente privilegiado. Eu abusei de termos moderadores de impacto. Igualmente, o jornalista usa um simpático e inofensivo personagem como eufemismo para chamar sua audiência média de idiota.
Sim, quem conhece um pouquinho do Homer Simpson, sabe que o personagem é uma sátira e uma crítica do sujeito que aceita como verdadeiro tudo o que vem da televisão. O patriarca da família Simpsons é um arquétipo. Estudando esse comportamento, os entusiastas da ‘Globo’ replicam sua “verdade”: se não passar no Jornal Nacional, não aconteceu. Para alguém crer numa besteira destas, tem que sofrer uma manipulação televisiva intensa. Ou seja, ao invés de consumir, ele é consumido pela televisão. Aí já era. Essa pessoa compra, sem precisar, aqueles produtos de televendas (com nomes em inglês); seguem modas impostas por novelas; e assistem aos “reality shows” achando que aquilo é a vida real.
Os nomes ‘Globo’ e ‘Jornal Nacional’ são usados porque a emissora líder é, mais que usada como inspiração, copiada. O Homer Simpson foi escolhido como exemplo perfeito para avisar aos bons entendedores para quem é feito o noticiário.
Aspectos que provam a imbecilização, causada por alguns vícios televisivos, eram os excelentes números que a ‘Globo’ registrava fora do ar. Refutando aqueles que acham que este panorama reflete o que eram os anos 80, saibam que em 2016 a ‘Globo’ repetiu a façanha. Na verdade, a emissora carioca pode ter se superado, pois, mesmo com o controle remoto, fora do ar, igualou a ‘Record’.
Com essa força persuasiva, as ‘Organizações Globo’ fazem o que querem com o “Homer Simpson”. A notícia pode ser “positiva” ou “negativa”, depende da doutrinação, do humor ou do bolso dos editores.
Sem dúvida, a internet vem diminuindo o estoque de “Homer Simpson” das emissoras. Isto explica a queda de audiência, bem como, o silêncio (a torcida?) da imprensa para a “regulação das mídias digitais”. É a censura “do bem”.
Bom dia, boa tarde ou boa noite.