Um reencontro com a literatura.

Era uma noite de primavera quando um homem se viu envolto em pensamentos. Havia algo incomodando-o, algo que ele não conseguia definir. Então, lembrou-se de uma jovem que o inspirou a voltar a ler e a escrever, fazendo-o redescobrir o valor da literatura em sua vida.

A jovem era uma leitora ávida e devoradora de livros, como se eles fossem a única fonte de vida para ela. Seus olhos brilhavam de entusiasmo ao falar sobre suas últimas leituras, e sua paixão era evidente em cada gesto. Sua simples presença era uma inspiração. Enquanto ele a observava, deixava-se levar pela curiosidade, e algo em seu coração começou a se agitar, como se um fogo adormecido tivesse sido reacendido.

O homem lembrou-se de um velho amigo que ambos compartilhavam o gosto pela leitura e escrita. Esse amigo era um admirador de Machado de Assis, o grande escritor brasileiro. O homem, apesar de falar de Machado, se tocou que havia lido apenas alguns contos do autor, mas afirmava categoricamente que ele era incrível, um dos maiores escritores da literatura brasileira, e que sua obra era repleta de críticas sociais e reflexões profundas sobre a vida. Com um pouco de vergonha, reconheceu que, apesar de todo o seu conhecimento sobre a importância de Machado de Assis, nunca havia lido nenhuma de suas obras. Ele havia se baseado apenas na opinião de outras pessoas.

Foi nesse momento que ele entendeu como somos ignorantes quando falamos sobre algo que não conhecemos verdadeiramente. É fácil se deixar levar pela aparência de conhecedor e falar com autoridade sobre um assunto que nunca nos aprofundamos.

Sentindo-se incomodado com sua própria ignorância, o homem decidiu mudar isso. Lembrando das palavras de Patrick Rothfuss, autor que ele admirava muito, surgiu em sua mente: "Uma mente precisa de livros da mesma forma que uma espada precisa de uma pedra de amolar". Ele havia percebido sua ignorância e precisava que ela fosse superada. Assim, dirigiu-se à sua pequena biblioteca, onde havia guardado um dos romances mais famosos de Machado de Assis. Sentado em uma cadeira confortável, abriu o livro e começou a ler.

A cada página, viu-se imerso na complexidade da trama e nas reflexões profundas do autor sobre a sociedade e a natureza humana. As palavras de Machado de Assis eram como uma viagem através do tempo, permitindo que o homem experimentasse diferentes épocas e contextos culturais.

Com o tempo, o homem percebeu que a leitura havia se tornado uma espécie de meditação para ele, uma maneira de se conectar com ideias e sentimentos que jamais havia experimentado antes. Sentia-se como se estivesse redescobrindo uma nova dimensão da realidade, uma que era tão importante quanto qualquer outra.

O homem sentiu-se com uma sensação de renovação e descoberta. Ele percebeu que a ignorância não era apenas uma falta de conhecimento, mas sim uma prisão que o impedia de compreender o mundo ao seu redor e de se conectar com sua própria humanidade.

A partir daquele momento, ele decidiu que continuaria sua busca pelo conhecimento, não como um objetivo em si mesmo, mas como um caminho para se tornar uma pessoa mais sábia e compassiva. Ele sabia que esse caminho seria longo e exigiria muito esforço, mas ele estava disposto a enfrentar os desafios.

Cada livro que ele lia era como uma nova viagem, levando-o a mundos diferentes e a perspectivas diversas. Ele começou a perceber que a leitura não era apenas uma forma de adquirir informações, mas sim uma maneira de se conectar com o mundo de uma forma mais profunda e significativa.

Ao final, o homem percebeu que a verdadeira sabedoria não era apenas sobre acumular fatos e informações, mas sim sobre cultivar a empatia, a compaixão e a compreensão pelo próximo. Ele entendeu que a jornada pelo conhecimento era também uma jornada interior, um caminho de autodescoberta e crescimento pessoal.

Assim como o homem, cada um de nós tem a oportunidade de buscar o conhecimento e a sabedoria, não apenas para nós mesmos, mas para o benefício de todos. A leitura pode ser uma ferramenta poderosa nessa jornada, nos levando a lugares que nunca imaginamos e nos fazendo questionar nossas próprias ideias e preconceitos.

O homem decidiu que iria continuar sua busca pelo conhecimento através da leitura e reflexão, sabendo que as palavras e os livros poderiam ser seus guias nessa jornada, como disse Patrick Rothfuss: "Palavras são como moedas. É impossível ser justo com elas. Elas são tão variáveis na sua significação, e dependem tanto do humor de quem as recebe".

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A verdadeira jornada não é sobre o conhecimento em si mesmo, mas sim sobre o que fazemos com ele. É sobre como usamos nosso conhecimento para fazer o bem, para ajudar os outros e para tornar o mundo um lugar melhor. Portanto, que a história do homem que descobriu a importância da leitura nos inspire a buscar a sabedoria e a compreensão em nossa própria jornada, nos ajudando a nos tornarmos seres humanos mais compassivos, mais sábios e mais conectados com o mundo ao nosso redor.

Eduardo Salarini
Enviado por Eduardo Salarini em 05/03/2023
Reeditado em 05/03/2023
Código do texto: T7732997
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