🔴 Dados transparentes
Demorou, mas não foi por falta de aviso. Depois de perder mais uma eleição, Marina Silva apareceu. Dessa vez, o sumiço não demorou quatro longos anos. Com as primeiras notícias de fogo na Amazônia, Marina calculou a oportunidade de ganho político e apareceu. Deu certo! Hoje, ela é ministra do Meio Ambiente.
No primeiro mês de mandato, ela se colocou à frente dos resultados positivos; em fevereiro, ela se viu impossibilitada de transferir a culpa, então tentou esta: O desmatamento aumentou (recorde) por causa de revanche contra o governo Lula. Ela afirmou que os dados são transparentes. Nessa materialização, Marina utilizou o “sambarilove” (enrolação) petista e abusou do gerúndio.
A ministra, que já chamou Lula de ladrão, carrega todo o simbolismo terceiro-mundista subserviente que a elite europeia adora. E nada agrada tanto a nossa imprensa, acostumada com a “síndrome de vira-lata”, quanto este símbolo da fraqueza lamuriando, implorando a esmola internacional e entregando a autonomia da Amazônia. Existe um fetiche “rousseauniano” que atribui uma bondade estética á ministra. Sua vitrine preferida é o púlpito da ONU (Organização das Nações Unidas).
Essas desculpas são os subterfúgios petistas para quaisquer eleições. Lógico, quando possível, a tática é achar um culpado. Quando não tem jeito, tudo não passa de figura de linguagem: metáfora. Foi a desculpa para quem acreditou no conto da picanha.
Marina Silva iria tentar sustentar o seu ministério na abstração que o seu estereótipo representa. No entanto, o tão criticado desmatamento da Amazônia foi escancarado. É hora de trabalhar, porque falar e assinar tratados internacionais entreguistas não ajuda.
Houve apoio da “seita ambientalista” ou governos protecionistas a uma candidatura que parecia impossível. Deu certo e, como não existe almoço grátis, chegou a cobrança. Os protecionistas internacionais já estão se referindo à nossa floresta úmida como “nossa” (sob o ponto de vista deles).
A proteção ambiental da Marina Silva é menos eficaz que a proteção dos “espíritos da floresta”.