Solidão
Vontades latentes na pele ressecada pelo tempo.
Noites quentes de verão e frias na solidão da alma.
Vejo você como um suspiro aos moribundos da noite.
Na dobra do tempo fantasio sua chegada pela fresta dos meus olhos.
Lá fora a escuridão cobre os caminhos encobrindo sua chega.
Os pirilambos sobotam a noite unindo-se as estrelas.
Eu vagueio em meus sonhos e converso com a lua.
Busco na solidão do mar as ondas silenciosas.
Por onde andas?
Solitária a lua confirma minha jornada no rastro do sol.
Aconchego meu coração nas mãos e acaricio as estrelas.
Sou um emaranhado de fios e teias consumindo-me em presa.
Sou sonhos enrolada em nuvens de pensamentos a procura da alegria.
O tempo escorre pelo vão da porta.
Envolta em lençóis adormeço!..