Velhice

De vez em quando bate o cansaço

Desde menino, como todo menino...

Que carrega o sonho como uma espada de aço!

Liga de ferro e carbono

De vez em quando pesa o braço.

O difícil é manter-se impulsionado

Com essa fadiga empurrando-me

Escada abaixo!

Não há pecado na velhice

Só pele enrugada, esquecimento...

Caduquice!

Com os meus olhos apurados

Pela vivência

Sou capaz de sorrir da minha

Própria decadência!

As forças já não são o meu forte

Hoje em dia cinqüenta passadas

É praticar esporte!

Ah! As mulheres com as quais deitei

Todas lindas, encorpadas...

A todas amei!

Extravagância seria dizer como me portei

Libertino que sou

Sentia-me um rei!

Raul Sidarta
Enviado por Raul Sidarta em 08/12/2007
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