Velhice
De vez em quando bate o cansaço
Desde menino, como todo menino...
Que carrega o sonho como uma espada de aço!
Liga de ferro e carbono
De vez em quando pesa o braço.
O difícil é manter-se impulsionado
Com essa fadiga empurrando-me
Escada abaixo!
Não há pecado na velhice
Só pele enrugada, esquecimento...
Caduquice!
Com os meus olhos apurados
Pela vivência
Sou capaz de sorrir da minha
Própria decadência!
As forças já não são o meu forte
Hoje em dia cinqüenta passadas
É praticar esporte!
Ah! As mulheres com as quais deitei
Todas lindas, encorpadas...
A todas amei!
Extravagância seria dizer como me portei
Libertino que sou
Sentia-me um rei!