Vago
Olhe aqui dentro!
Está vazio! Cheio de vento
Oco, um espaço imenso.
Escute o eco rebatendo…
São meus pés
em passo curto
correndo
É escuro e tenho medo
E se tropeco? Planejo
cair, ralar o joelho
mãos, palmas e dedos
levantar desconcertado
sorriso só de meio
o olhar travessei-o.
Que eternidade esta hora
que a solidão, foi embora
Eu sujo de vermelho
Olhando así nem é tao feio
Pra quem ve o copo sempre cheio
Pra que será que veio
Se for pra mim agradeço
que coisa boa eu mereço
tem tempo que vivo esperando
certo de que como o tempo vai ser
onde e quando determine
Este lugar que se ocupe e define
antes que tudo afunde e arruine.
Se antes desabitado vazio, rejeitado, vago e livre
Agora resida, ocupado, preenchido, habitado e vive