Alunos, filhos do coração 4
"Você me ensinou matemática" ; "Com Você comecei a gostar de matemática " ; "Aprendi que para entender matemática é preciso LER, como você dizia sempre". E tantos outros comentários em relação a maneira que cada um aprendeu. E nesses comentários vários, chegou um que "mexeu" verdadeiramente comigo, tocou-me profundamente e reproduzirei conforme o relato descrito por uma jovem, que é exatamente assim:
" -Minha melhor lembrança foi quando eu disse a você que meu pai dizia para mim, que eu era um zero à esquerda e como resposta, você me mostrou que na matemática o "zero à esquerda "fazia toda a diferença. Que não tomasse como ofensa, pois mostrava minha importância ".
E com essas palavras, senti aquela tradicional secura na garganta, aquele "nó " engasgado, os olhos ficaram mais úmidos. É agora, lendo isso, entendo o porquê da maioria de vocês me chamarem de "minha psicologa", era um modo carinhoso vocês
de dizerem : -Obrigado (a) por nós escutar, sem fazer recriminacoes e tentar melhorar a nossa autoestima.
O que ocorre, é que essa atenção e esse carinho meu de trazer palavras suaves, é porque com a convivência, fui aprendendo e entendendo que há uma cobrança aleatória em cima dos jovens e quando eles não trazem retorno imediato do que são cobrados, aquilo que os pais desejam, é então que vocês passam a ganhar nomes tais como: inconsequentes, irresponsaveis e por ai vai...
E ouvindo um relato desses, reflito e penso: Ninguém entra na vida da gente por um acaso, e vocês, assim como eu, nos encontramos, uma vez que foi necessario tempo, curto ou longo, em nossas vidas.
Todos(as) nós combatemos o bom combate! E vejo só bons frutos.
Portanto, devemos dar muito mais atenção ao que realmente os jovens precisam!
(Abril/maio 2020 Helena Mahebas)