Olho mágico
Só somos nós mesmos quando nos encontramos sozinhos.
A "cortina" se abre e mostra -nos o lado mau que todos possuímos; somos vilões safados, briguentos, raivosos, e finalmente, deixamos de ser o personagem "social" e nos enxergamos como de fato somos.
Mesmo dentro de um cômodo escuro, conseguimos ver o quanto não somos nós abertamente.
Com certeza é onde acontece a criação de pessoas que "conversam" e se enxergam com mais clareza. É essa criação está exatamente onde surgem os "poetas", os "menestréis", aqueles que reinventam a visão da vida; viajam em ideias vividas e sonhadas. Eles não mentem, inventam, recriando no imaginário personagens e sensações que repartem com quem os leem. Dessa forma inventiva nasceu "Romeu e Julieta, "O Quinze" e o maior personagem criador de mentiras:"Pinóquio ".
Assim, nas angústias de quem escreve, nasceu o "Pequeno Principe" nos revelando o caráter e várias facetas de nós humanos.
Se fossemos aqueles negativos de fotos antigas, como seria revelado os nossos "Eus" ? Possivelmente, Eistein, o cientista, jogaria a sua Lei da Relatividade que nos deixaria numa condição cadavérica, desnudando todas as brechas sombrias que nos assustaria, talvez! O caos criaria um "choque" que provavelmente, o grande psicanalista Sigmund Freud não saberia justificar a mente (des)humana que há dentro de cada um.
Nessa confusão completa, há a necessidade de criar aqueles que sabem "brincar" com as palavras, para que os "personagens" que somos, sejam transformados em alegria , configurando a ela o alívio de todas as angústias presas em cada um de nós.
(19/12/22 Helena Mahebas)