Diário de um diabo - Inominável Futebol Clube

Depois de tanto tempo sem publicar nada por aqui, me peguei pensando na iminência de ser deveras esquecido pelos meus fiéis leitores, (...) se nem tão fiéis, ao menos aqui estão, vá lá. Posso sobreviver a uma escapulida de páginas ou de letras, é tanta coisa sem nome que anda acontecendo, se antes eu dissesse surreal, todos entenderiam a essência da coisa... mas por falar nas coisas sem nome, senão vejamos, vamos entrar em campo com a seleção dos absurdos, sim, porque a gente joga junto com o time...

É verdade que o ano é 2022 depois de Cristo, sim, isso não se deve negar, Pedro negaria a Tite 33 vezes. Há uma certa mística no ar nesses últimos anos, já estamos avançados na arte de negar, na negativa da arte, na narrativa, na marra, na mira, atira.

São tantas coisas pra falar, botar o papo em dia, sabe, tomar aquela xícara de sarsfé, sabe, por falar em fé e sarna pra se coçar, bem vindos ao novo mundo admirável, igualzinho ao admirável mundo novo, chip novo, vídeo novo...

Se você já tem alguma experiência com a minha leitura está ciente de que estou tentando falar nas entrelinhas sobre aquilo que não se deve ser dito, aquilo que não se deve dizer o nome.

Vamos falar de futebol, afinal, futebol pode. Eis a Copa do mundo de Futebol, ora pois, o Brasil é ainda o país do Futuro e do futebol, é futebol pra lá e futebol pra cá, só se fala em futebol. A final entre França e Argentina é aguardada. Muitos ainda acreditam que aquele que não se pode dizer o nome tem poder pra reverter no tapetão a eliminação na Copa que mandou o brazil para copa preparar um chá de simancol.

Particularmente não tenho esse pensamento todo brasileiro de ser que admite a vitória roubada pelo juiz, importante é a Copa.

O Pau torando e só se fala em f..... só pensam naquilo....

Tenho as vezes vergonha de usar palavras e expressões tão triviais, não esforço meu leitor a nada!

O problema de dizer aquilo que não se pode nomear ainda não foi resolvido, nem nunca será.

1.2.3... mentira, verdade, verdade. Quem repete o blá blá blá da mentira mais vezes torna o blá blá blá da verdade mais convincente, conveniente, conivente, canivete!

Só pra constar eu gosto de futebol, é um jeito moderno de estravasar o ódio do bem, a gente não pode se arrebentar na porrada, nem mesmo digladiar com guerreiros homicidas ou feras selvagens, mas a gente pode ver a vida passar olhando para aqueles homens pequenininhos correndo atrás da bolinha em busca do apogeu futebolístico, o gol; fascinante.

Pelo menos a gente se distrai um pouco da real idade, olvida que o couro tá comendo, fuzil tá cantando, bomba tá explodindo, ditadura levantando, ditamole caindo. Gol de placa da hipocrisia e da hediondez, dupla imparável na copa do mundo surreal de 2022.

Surreal é quem me chama, cala a boca já morreu, careca, capitão, derradeiro ficará, carregado de filhinhos pra Jesus cuidar.