O mercado não está sendo mercado
Imparcialidade deveria ser um dos atributos do mercado financeiro, pois - como dizem os economistas - ele é um ente amoral. Dessa forma, uma notícia “ruim” deveria ser considerada como tal, independente de quem está governando.
Contudo, estamos diante de algo novo. O mercado está se tornando uma pessoa coletiva e preconceituosa e utiliza pesos diferentes, dependendo de quem pratica o que ele considera ser um risco fiscal.
Nesses últimos meses, o atual governo tornou-se uma verdadeira cornucópia, fazendo Jorrar dinheiro de forma abundante, comprometendo as contas públicas e deixando um rombo de R$ 400 bilhões. Além disso, comprometeu a saúde fiscal dos Estados e municípios com a inconstitucional redução da alíquota do ICMS. No entanto, o tal mercado não reclamou de forma tão estrondosa como o faz em relação à PEC de transição.
Certamente, nesse meio, existem grupos e pessoas rancorosas, que tentam coagir o próximo governo, pois suas mentes mesquinhas ainda adoram um liberalismo estribado em um darwinismo social. Este é desejado por alguns agentes financeiros, que não passam de sociopatas, que só sentem “amor” única e exclusivamente pelo dinheiro.