🔴 Dores nas articulações
‘O Chefe’ não vai conseguir restaurar a paz entre a população brasileira, mas já tratou de costurar a “harmonia entre os poderes”. Isto é tudo, afinal, como disse Zélia Cardoso de Mello, “o povo é só um detalhe”. A quantidade de ministérios que ‘O Chefe’ voltará a botar para funcionar dá uma dimensão de como será o “diálogo de coalizão”.
A fauna que ‘O Chefe’ trouxe como equipe de transição, apontou como possíveis ministros ou simplesmente sinalizou a aproximação assustou o mercado e as pessoas de carne e osso. Como sempre, os derrotados nas eleições garantem um cargo.
Há um acordo tácito de apelidar uma parte da mídia de velha imprensa. Sem se dar conta de que o nome pejorativo foi dado porque existe uma nova imprensa e quem não dá mais credibilidade à velha imprensa é, justamente, seu antigo consumidor, ela acelera rumo ao abismo.
Quem assistiu à torcida explícita desta imprensa, não se surpreendeu com a redação da Globo festejando a “vitória” do “Chefe”, como se fosse a “festa da firma” ou o “amigo secreto”. Esta, digamos, imprensa não reporta algo incrível que está acontecendo: o povo nas ruas. Quando reporta, descreve, desinformando, como “ato golpista” ou “manifestações antidemocráticas”.
Depois do relatório do Ministério da Defesa, tentaram arrefecer os atos, mas — não lamento — os atos recrudescerão. “O bicho vai pegar”. Enquanto a velha imprensa dorme, a nova imprensa e parte da reportagem internacional mostram o que está acontecendo. Como sempre, muitos se arrependerão de ignorar o fenômeno. Será tarde demais, porque a internet não esquece e é implacável com quem acostumou-se a reescrever a História.
Emílio Surita, programa Pânico, Jovem Pan, chama esta turma (novo governo) de ‘Carreta Furacão’. Carreta Furacão é um trenzinho turístico de Ribeirão Preto, interior de São Paulo. O veículo agrupa uma inacreditável seleção de personagens ensandecidos e aleatórios. Esta turminha sai alegrando e barbarizando pelas ruas da cidade. Eu gosto de comparar a equipe do ‘Chefe” como um catado de pessoas incapazes de administrar um carrinho de pipoca. São os incapazes capazes de tudo.
Agora que terminou a eleição, avisaram que a “chuva de picanha” era apenas uma metáfora. O estelionato eleitoral, que rendeu votos, virou figura de linguagem. Os brasileiros que entenderam a promessa de campanha como a volta do “churrasquinho com cervejinha” caíram no conto da picanha por serem analfabetos funcionais ou ingênuos. Ora, ninguém vai culpar se confundem algo irreal, como uma precipitação de proteína bovina, com fartura de carne. Temos alguns anos de incompetência sendo chamada de herança maldita e metáfora. “Faz o L”