🔴 Censura livre
Barbra Streisand, atriz e cantora americana, resolveu processar um fotógrafo que registrou sua mansão. Ela quis a retirada da fotografia e um punhado de dólares. Resultado: a notícia propagou a curiosidade, e a foto bombou.
Desse episódio surgiu a expressão “Streisand Effect”, que significa quando tentam remover, ocultar ou censurar uma informação. Efeito: esta tentativa gera o efeito contrário, disseminando muito mais o que se tentava esconder. Com a internet e o destemor da “molecada” a replicação do que seria proibido é certa.
Livros, exposições, vídeos, imagens etc, quando foram proibidos, mesmo que de qualidade ruim, ganharam muita repercussão. A simples notícia da proibição tornou-se propaganda gratuita e viralizou devido à curiosidade.
As sucessivas censuras a tudo o que é de um específico espectro político levantou quem é simpático a esse mesmo lado político, tornando as medidas ditatoriais, mais que sem efeito, de efeito contrário. Uma prova disto: eu, que nem assino a ‘Gazeta do Povo”, jamais saberia que o jornal foi proibido de chamar o Lula de ladrão.
Proibiram noticiarem as “cabulosas” relações do PT (Partido dos Trabalhadores) com o PCC (Primeiro Comando da Capital) e a declaração de voto do Marcola em Lula. Logo o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) irá proibir o que muita gente supôs: que o PT do Lula transitou livremente pelo Complexo do Alemão devido autorização e simpatia. Só falta a proibição para a notícia correr até onde nunca chegaria.
Alexandre de Moraes passa vergonha ao fingir que o peso de sua caneta é respeitado. Quando vêm quaisquer determinações, a vítima cumpre sabendo que a censura perderá a força e o objeto ganhará o mundo. Conclusão: Alexandre de Moraes finge que cumpre a lei, a vítima finge que acata a determinação.
Todo o esquema perpetrado para reconduzir o “L” de ladrão ao poder mostra que a ditadura já existe, vem do Judiciário e é executada pela caneta. O TSE trabalha firme por sua candidatura de estimação, quase sem disfarçar. As longas filas comprovaram que a TSE largou à própria sorte sua principal atribuição (realizar as eleições) e se dedicou a prejudicar um candidato. É a democracia sem povo.