Ambiente saariano: Humano e natural do grande Atlass até o Rio Senegal

Este ensaio é uma reflexão sobre o saara marroquino, do ponto de vista da Odette de Puigaudeau , autora do ambiente saariano sobre o arte e costumes, no quadro de uma visita entre 1933-1960, cujo Saara constitui um ambiente de vida e uma visão literária da viagem sob ângulo de mudança da sociedade saariana.

O saara marroquino tem sido a rota do povo conhecido sob o nome – Mouro -, num grande espaço, áreas, montanhas, desérticas e secas, cujas atividades de nômades, pastoreiras exercidas por muitos séculos, graças às culturas e tradições enraizadas na história.

Dada esta difícil economia do deserto como ambiente árido e vasto, isso não impede qualquer dinamismo para a preservação de muitas atividades e ações de troca e espirituais, graças aos laços de comunicação com os centros religiosos, culturais e econômicos do Marrocos, bem como dos religiosos do Oriente, através da peregrinação.

Tais ações foram desenvolvidas graças aos saarianos beduínos, os quais vão se mudando com o passar do tempo, afetando a vida social e econômica, sobretudo após a segunda guerra mundial.

Assistindo a muitos artigos que vão sendo trazidos de fora, marcando o início do recuo de alguns modos, bases das tradições ( tenda, artigos diários, diversificados e brisa noturna).

Assistindo aos novos hábitos que vão levando muitas coisas antigas ao esquecimento, segundo alguns antropólogos ao esclarecer o trabalho sobre o qual foi baseado a vida diária do povo saariano, através de modos de vida raros, exemplo do couro embelezador, da gravura em madeira, e ou da bijuteria aperfeiçoada artesanal.

Tal suporte dos saarianos foi baseado também num ambiente de escolarização dos notários e líderes de cunho religioso, desenvolvendo esta cultura saariana, em diferentes segmentos de vida num ambiente extremamente difícil acesso o que deve alimentar em seguida, a persistência da raça nômades, característica do povo saariano ia procurar nos livros escritos a este título sobre o conhecimento deste povo, ontem e hoje.

Primeiros caminhos?

Este ensaio envolve as regiões saarianas estendidas ao oeste africano, cobertas das tribos marroquinas, árabes e berberes ( amazigh).

O termo ( Mauro) decorre desta repartições, visando a facilitar a definição e entender o significado, palavra ( Mahou) da fenícia, indica o povo da costa magrebina do mar mediterraneio, os marinos e geográficos e antropólogos e historiadores nas épocas anteriores, conhecendo esses povos destas regiões como Normedianos, Getules, e líbios, sendo o termo Mauro e-ou maurus volta as divisões antigas, como Mauritania stiffia e czariana, tangia, em 1903, foi Coppolani Xavier quem expandiu o nome da Mauritânia para as regiões saarianas, durante a sua expedição.

A estimação da população saariana magrebina foi de 80 mil do sul das montanhas de Sagrou ( Ifni, Ouad Noun, Tarfaya) até as fronteiras com Mauritania atual.

Podendo delimitar este espaço saariano do norte das montanhas Ifni e baixo das montanhas do sul Bani e Sagrou, no oeste o mar atlântico, e no sul até o rio senegal, e leste suas fronteiras difundidas nas áreas saarianas, desérticas do Mali e Argélia, do Tombuctu a Tabelbala, além do saara ser delimitada e caracterizada por algumas plantas e animais, com 100 mm de precipitações anuais...

A ( Terra Al baida) inclui então o Marrocos quasi saariano no norte e na costa do atlântico até as partes do saara do sul, e das fronteiras do rio senegal, com 2,5 mm2 ( metade em Mauritania) entre as linhas horizontais 16-31 norte e linhas verticais 30-170 pelo oeste.

Tal ambiente saariano continua a incluir traços humanos desde antiguidade, muitos estudos sobre esta parte relativos aos traços antes da história, tais traços e simbólicos diversificados devido a brisa do rio Dahara ao Saara marroquina.

Foi claro que elefantes, rinocerontes, girafas e haréns convivem com touros e pastores nestas regiões secas e áridas. Dos quais animais desapareceram devido a seca rumo as regiões tropicais, encontram-se crocodilos anões localizados nos lagos ou nas montanhas de Adaar e refúgios afetados pela Assaba.

Enquanto aos recursos humanos que se desenvolvem neste ambiente saariano, se diversifica, origens de etiópia, diferentes em termos de raça, pretos, próximos às asiáticos, os quais são chamados no Marrocos dos ( Haratin) ( pele amarelo e olhos estreitos o mangá olhos-Bochechas salientes) . Imigrantes antes dos árabes, volta-se data de suas permanências, a época na qual a região foi Riod Dahara- com as elefantes e girafas.

Depois vieram os berberes ( amazighs), dos quais a parte oriental, judíos escapados do oriente, e parte árabe a partir do século XVII, cujas tribos migrantes neste ambiente data antiga, Laguna, Lantana, Dukal, Jazula e Targa (Tribos mascaradas Sanhaja), líderes do saara marroquino até o rio senegal, pelo qual se nomeou, alternado o nome do Zenaga, levando muitas técnicas a este ambiente saariano, em termos de agricultura, irrigação, poços a técnica de dois pesos, ( poço balanceador), shaduf apego a um terno de pele de boi, mantendo estilos de Tâmaras em oásis, além do que as tribos de Zenata trouxeram, camilos asiáticos, tornando-se as tâmaras e camilos e caminhos saarianos delimitados por uma série de poços, ajuda o saariano a sobreviver e atravessar o deserto, mas até praticar a exploração..

No inicio do seculo VII apareceu o primeiro historiador árabe na região, segundo o Karawane ibn Atir, entre 708 e 738 , cuja região foi controlado pelo kairouan, um dos netos do Ukbar bnou Naifeh .

No ano 745 foi Abderrahman Bnou Habib , cujo poder foi estendido até as áreas saarianas, sendo o primeiro que organizou dois tipos das autoridades no Saara ( Makzins), conquistando uma série de poços para melhorar o comércio de caravanas do deserto....

- Desenvolvimento da época medieval até o século XVI

O Saara conheceu épocas de ouro com Sanhaja, sobretudo a Matuna e Kadala, na era dos Almorávidas (1035-1147). Marrakech foi fundada por parte dos Almorávidas mascarados 1062 numa área árida no meio de um oásis, cujas árvores sagradas do povo saariano, tornando Marrakech o princípio do saara, ponto de encontro e mistura, a titulo do mercado das tribos do norte e sur, e dos habitantes e nômades, encontrando-se para trocar entre si, o canto, a música e dança, além de opinião, canções e artesanato, assim o Marrakech foi o ponto de encontro da cultura e da arte popular entre o norte do Mediterrâneo e o Saara, indo até as suas profundas fronteiras no sul do Senegal.

Nesta época fortaleceu-se o islã no saara, cuja força estabelecida nos diferentes domínios, cresce o número dos adeptos, pensadores, sacerdotes e centros espirituais e templos, a partir do século XIII, os árabes do saara apareceram dois séculos antes desta data, cujo califado fatímida Al-Muizz no Egito tentou desembaraçar dos árabes beduínos, banu Hilal, Banu Salim, procedente do Hijaz, depois das tribos Bani Makkal iemenitas, os quais foram enviadas para destruir a região do Magreb....

Desfazendo de famílias e crianças, além dos animais, pastores e escravos por parte dos bani Maakal, entrando no saara por meio de estados do Marrocos e das diferentes tribos do saara (desde a época dos Saadianos e dos Alauítas).

Tal inclusão foi lento, através de grupos e grupos, buscando Pastagens, água e caravanas comerciais no século XV estavam em Tiris, e no século XVI chegaram à bacia, e no século XVII, encontramos os anciãos de Trouz e Al-Barakani impuseram seu título aos Tararza e aos Barakna como Xeques....

Desta história foram todas as tribos árabes ao Saara, bani Hassan ( ou Árabe ou Al Mgrafra- ligada a ibn Hassan ditas conquistadoras).

Esta tribo desempenhou um papel importante no Saara, em termos de língua, ricas com suas heranças poéticas, hassania próxima do árabe tradicional, envolvendo muitos termos berberes e sudanianas ( Azer) .

Também expandiram a criação de camelos, descoberta de muitas cavernas no deserto, promovendo intercâmbios culturais e comerciais entre o norte e sur, cujos árabes bedouínos foram influenciados pelos outros graças as tradições anteriores, as mulheres contra a pratica da poligamia, fortalecendo os direitos no domínio da gestão, da governabilidade e finanças, bem como das liberdades, o que foi a atenção do Iban Batuta desde o século XIV, no governo Makuta em 1352.

Também lembre-se dos ilustres da dinastia Idrisi, procedendo do norte e dos cantos do sul – seja o sopé do Alto Atlas – expandindo em diferentes áreas saarianas até Tichit, cujos governantes propagaram-se a legislação islâmica, ensino religioso e espiritual, apesar de algumas tribos do Sanhaja manter a sua independência relativa e sua luta, a exemplo dos Arguibat, Zamour, uma vez que alguns estudiosos do Zawa, espirituais, Almorávidas dos anciãos e xeques, abandonando o punhal em prol do livro e rosário, dispersando-se nos cantos do saara, sobretudo em algumas áreas ricas, dedicando-se à ciência, religião, ensino, comércio, agricultura e pastagem, cujas zonas cobertas de tamareiras, tornando-se a centro de ensino, estações principais das tribos, as quais atravessam o saara, onde muitos templos compartilhando o seu reinado, regime principal, em termos de segurança, paz e estabilidade, e do desenvolvimento de muitas indústrias artesanatos.

Assim foi formado ao lado da aristocracia guerreira da tribo Ibn Hassan, aristocracia descendentes do almoravides que impuseram a legislação islâmica, e respeito dos direitos gerais ( IZanagi)- ao dito popular que disse:

(o Zenagi deve estar sob o estribo ou sob o livro).

A maioria prefere estar sob o serviço do livro ( estudiosos). Com relação a isto, os artesanatos, músicos e ouvintes, que viviam do pai ao avô, a sobrevivência e sustentabilidade em prol dos serviços, até o século XX, continuando a encontrar tipos aristocráticos ao serviço dos serventes, cujas algumas tribos detém muitas deles, sinônimo de sua opulência e riqueza, mas graças ao islã, xeques, templos foram livres, tornando-se Haratin- sem se desfazer de suas tribos onde viviam e carregaram suas identidades, origens e nome.

Lembrando da existência da raça judia desde os tempos anteriores, de origens orientais, de outras raças procedendo, chegando ao saara depois da decadência da andaluzia, quando foram expulsos de Tawat (parecer Mughili) , levando-o a permanecer no sul do Marrocos, praticando comércio saariana, segundo Valentim Fernandes, 1507, lembrando dos judeus ricos, mas ao mesmo tempo reprimidos, dos quais destacam-se vendedores viajantes e artesanatos.

Tal ambiente saariano e suas fontes, clima, agricultura, pastagem, e animais, tornaram os habitantes do deserto conviver junto para manter seus sustentos, e produtos primários em termos de madeira, couro, e produtos naturais para a produção de azeite, apesar de que o alimento não se parece, por exemplo no Rio Daarha onde o trigo, cevada, milho e óleo de argan, constituem os principais produtos, além do arroz, em relação as tendas as do norte não são as mesmas do sul, as primeiras baixas, por medo do vento e frio, outras são mais altas abertas sobre o ar e ventilação.

Assim tem sido difícil fazer uma operação dividindo estas tribos, separá-las para um estudo comparativo pelos costumes, usos e tradições, uma vez que todas são integradas e complementares, qualquer que seja a posição na qual se encontram ou realizadas pelos sociólogos e antropólogos europeus.

Degradação nos séculos modernos

Aguarde a continuação!

ELMOUTAQI
Enviado por ELMOUTAQI em 14/10/2022
Reeditado em 18/10/2022
Código do texto: T7627437
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