SILENCIO, meu sinônimo de inquietude

Estava deitado na minha cama e como de costume olhando para o teto.

Já abracei com muita paixão ideais e ideias, passeios culturais, livros e pensamentos. Outras vezes, também com impetuosa paixão, acolhi a vida em sua crua objetividade natural que só quer dormir, comer boa comida, apreciar sem pressa e compromisso a preguiça. Cada vez que me decidi por um ou outro modo me deparei com o silêncio. Foi então que eu me questionei. "Será que me ensinaram errado o significado de silêncio? Ou eu mesmo nunca o compreendi? " Veja bem, me vi lendo, estudando, mas em termos de compreensão existe um limite, pois não podemos saber de tudo. Não sei de tudo. E por muitas vezes atingi um silêncio. Me vi comendo, correndo, dormindo mas a partir de um determinado momento também me deparei com a insuficiência daquela realidade, e sem surpresa, chegou o silencio! Como é incômodo. Sinto-o real, uma realidade viva, percebida no meu pensamento e no meu corpo. Não está apenas na impossibilidade de um passo a mais em algumas reflexões, está também no meu dia a dia, está aqui. É real. Me parece não ser ausência como me ensinaram, mas companhia. Companhia que participa de todas os campos da minha vida, e que parece não se importar com a minha contradição, mas que de alguma maneira demonstra estar em conexão comigo em qualquer realidade.

Mesmo diante desse impossível, não me canso de perguntar... Quem é? O que é ?

Andrêi Baruk
Enviado por Andrêi Baruk em 03/09/2022
Reeditado em 03/09/2022
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