Reflexos de reflexões
A vida tão sentida
Sentiu cheiro de morte
Que não sentia nada
Muito menos cheirava vida
Era a morte preferida
Dos elmos que nascem justos
Dos erros que morrem lentos
Dos rios que são profundos
Nada era mais perturbador
Que ver a estrada prometida pra dor
Que a lua escurecer calor
Que o sol não maltratar rancor
Que a vida não esquecer de morrer
Que a morte não esquece de padecer
Que o sopro não alimenta a certeza
Que a dúvida pode ser indiferença
E que nenhuma carta sem dono
Trás a rua certa!
Nada sem nada é nada mesmo?
E tudo com tudo é tudo desde quando??
Até onde o tudo é moribundo
e a morte é absoluta??
Que mal haveria inverter as dúvidas
E acreditar na morte impossível
Na regressão do passado
Num futuro conhecido ?
Que bem haveria sabermos o futuro
Jogar a ideia fora
E sair correndo mar adentro da madrugada
Que não amanhece sem que a noite acabe, levando minha insônia pra passar a noite em claro como eu ??