Poema Insano
Quase tudo
Que me agrada
Vem de sonhos e dores
Que transformo
Em devaneios
Pra não serem prantos
Mas me finjo indiferente
E abandono essa gente
Que não vê
Durmo tarde vendo a lua
Acredito nela
Mas acordo, estou nua
E fecho a janela
Pra não ver passar no dia
Todo mal que se procria
Na mente da gente
Trazendo derrota
Me escondo inocente
Sei que não tem volta
E procuro uma saída
Quero abrir a porta
Pra romper de vez os laços
Me livrar dos embaraços
Que nascem
De um parto
Que parecem
Pedaços
Me junto em migalhas
Que trago de ti
Coleção de minhas tralhas
Onde sobrevivi
Até o sol se pôr de novo
E sonhar de novo , sonhos
Que mudem
As palavras
Desse poema
insano