Um hóspede desconhecido, inquietante com seus passos perdidos durante a madrugada em casa alheia, enquadrado na dimensão da mente, entre paredes estreitas. Isso, sim, é a angústia. Também nesse caso, perambula de dia, ao teatro dos gestos adquiridos pela própria tragédia no intuito de reduzí-la à expectativa, à preparação do impossível, sempre, pois é sem objeto. Angústia é o desaforo que reinvindica a chegada mas sempre fazendo desvios, gerando um mundo de ponteiros inabitados de vida.