Homilia I
pope parte#
Não sei o que virá e o que está escrito já foi. Sinto, incisivamente, que preciso acabar este ciclo. Pai-mãe-filhos, eu próprio não sei o que virar mas, mesmos páginas imprecisas, incompletas ou inacabadas necessitam ser viradas. Caso contrário encruam. Instalam-se na borda, na dobra entre eu e o movimento futuro um-possível. Impossível continuar indefinidamente preciso para encerrar o ciclo, atar as pontas do círculo oroboro. A serpente-dragão que morde o próprio rabo em um eterno retorno do diferente. Nasci, fato sou homem, embora papa. Nascido de um homem prenhe de mim, pronome indefinido mãe-pai, pai e mãe perdidos em mim. Mesmo assim preciso dormir e não sonhar ou sonhar e acordar outro ou eu mesmo aliviado do peso de minha história de meus demônios e dos fantasmas que me habitam. Sou um rabo solto da história.