Existe um momento na vida, além de confrontar os ponteiros (e conformar os pensamentos) em que nada, mas nada mais se incendeia (impulso). Há a calmaria que masca os cortes (todo santo dia), e como se não bastasse, ainda há o tumulto do mundo nos infernos das calçadas. Mas esses ruídos apocalípticos não atraem mais. Vamos nos afeiçoando ao poder da calmaria, deste à toa em busca pela paz. Torna-se evitável desfolhar a desavença, o reino etéreo, os gritos heroicos... Todos nós, em algum momento, saberemos o que isso significa. É tão inevitável quanto a morte. Quanto a vida.
As roupas são uma ficção, os anéis, as dores do passado, as ilusões do futuro, o espanto no final do verão de cada memória que, francamente, viver é redescobrir que num estalo de dedos, não somos mais a versão de um dia às costas do planejado. O jeito é assumir o que somos agora (tempo em que ainda não sabemos da nossa primavera) e que aventurados somos no esplendor da nossa ignorância. Humanos! meros humanos extravagando para além de nós.