Depois...

Há dias atrás assisti a cena de um filho de 58 anos, com síndrome de Down, encontrando seu pai de 88 anos, no aeroporto, depois de uma viagem.

Foi um abraço especial, não pela especialidade do filho, mas por não conter nele nada mais do que saudade e amor correspondidos. Bem querer incontido, simplesmente compreendido.

Era aquele abraço sem passado, sem mágoas, que nunca precisou de desculpas nem de perdões. Ali só estavam algumas lágrimas e dois corações.

Fiquei pensando nos abraços assim que já dei e naqueles que me fazem falta.

Lembrei que alguns não dei por algo não resolvido, talvez uma desculpa ou um perdão.

Alguns acabaram se perdendo no tempo, na desculpa da oportunidade, num postergar de felicidade.

E outros carregados de sentimentos e emoções, não podem mais acontecer, alguém já foi... ficaram pra depois...

Que venha uma semana abençoada e que nada que vale a pena fique pra depois...