ARROUBOS (ensaio)

ARROUBOS

E corpos já suados

Entre a convulsiva fantasia

Vão do agonizado dia

Ao fio da meada da noite

Acenando outra dimensão

No talvez suficiente bastante

De um alguém humanamente meu

Se querela de um jardim de Alá

Ou não, flor que deve ser flor

Famélico olhar apenas, sei lá

Quiçá pura sede pintando

Angústia da carne do mesmo ser

Um beijo de boca risonha

Querendo pôr fim na refrega

E sair-se com boas maneiras

Por entre os mares da indiferença

Aflitas bandeiras esvoaçantes

Aos eflúvios dos acontecimentos

Brincando com o desejo latente

Em suspiros soluçados de espirais

Palco das inevitáveis sensações

Onde tudo se há de dar, tudo

Miguel Eduardo Gonçalves
Enviado por Miguel Eduardo Gonçalves em 22/11/2005
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