malabarista esquartejado
As palavras me esgotaram. Desilusão. Fracasso. Fragilidade. A sensibilidade da pele está latente. As lágrimas estão saltando dos olhos. Dilúvio. Dor. Delírio. O corpo está seco e vazio. Não consigo estender um único sorriso. Os sentidos se isolaram. Diante do instante parece não ter fim esses dias de solidão. Dizer que doí é registrar o conhecido. Resta-me pouco para seguir. Agarro-me neste desespero fúnebre. Até ler se apagou. Esqueço senhas, notas e família. Rastejo os pés como um corcunda. Condicionei a abrir a boca somente para entupir a garganta. Escrevo abafado.