DIONISÍACO PELO O ANDADO

A fenomenologia do redondo. Só seria belo o que é bom e verdadeiro; a imagem do espaço feliz refere-se à casa dos homens... a própria divindade com a similitude dos homens, a dimensão do sagrado com o redondo desenho nobre por ele mesmo, as farpas no arquétipo designado por Carl Gustav Jung como a casa das coisas (gavetas, cofres, armários) - fora da integridade, clareza e proporção. O homem é pontiagudo - afasta e fere antes do acalento nos traços do arrependimento; após ás 22hr nada presta, nem mulher e homem, que se implora na desculpa do rastejar de noite, na Jezabel e Dionísio que mora em cada um.

O símbolo da função pedagógica que atinge a própria fé, a dialética que remete o interior do exterior, do redondo ao pontiagudo, da luz à escuridão. A imagem reprodutora do primitivo que busca a natureza em dias de folga, tanto do labor com o compromisso de seus ritos e ignorâncias. O legado deixado de que vive em suspiro nosso espírito com a música erudita - esquecendo que mesmo embora exista uma música apolínea, a música é, por excelência, dionisíaca.

Soberba, comovedora, incomparável com a harmonia e na violência do som. Em vão seria o homem não ser derramamento de deuses se não houvesse seu "eu profundo" e "eu superficial". Modelos primordiais da estética: o apolíneo e o dionisíaco. Quanto mais o gosto pela manhã, retidão, clareza de fala e que reprima a noite da bebedeira, há demônios que o escraviza, no seio de sua falha noção simbólica de vida, do andado, da instrução que não teve de homens vividos.

O homem é Dionísio; jovem Dionísio dos olhos de quem vê. Com seus excessos e suas misericórdias, no plural da embriaguez perdendo sua individualidade e anseio latente de ser descoberto, livre e podendo ser preso, liberto sendo escravo de ti. Com o poder e glória de se desculpar falhando todas as vezes possíveis, dentro de seu espectro moral e sua bússola de uma breve mudança do que pode ser seu, e não é. Como diria um sacerdote católico francês que escreveu tratado promovendo o ateísmo "O homem só será livre quando o último rei for enforcado nas tripas do último padre".