NAÇÃO

 

Que teus males sejam perdoados,

e tuas leis desleais,

e as guerras em vão,

mas,

viva,

não te embraveça,

ainda não!

 

Que fazer?

Faça versos,

faça,

no entendimento que tem dos desertos,

e dos fracos

à praça do teu terreiro

recalcitrante de escravos.

 

Engomada,

afastou a janela, pois

beba

dos enganos da tua justiça,

 dos campos de lava não te figura anjo

em tuas asas moribundas.

 

Estátua,

gárgula,

filha do silêncio na lâmina rubra da espada,

não vê o mundo através do diamante em teus olhos,

passa,

que transformada está,

entre tantos

às missas ao sermão da violência,

defende o trono,

bravo!

Eis pois, 

almas roubadas

às curvaturas rutilantes do teu exército

exalando o último suspiro da tua existência.

 

 

 

 

 

 

Palavras Incautas
Enviado por Palavras Incautas em 04/02/2022
Reeditado em 04/02/2022
Código do texto: T7444830
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