NAÇÃO
Que teus males sejam perdoados,
e tuas leis desleais,
e as guerras em vão,
mas,
viva,
não te embraveça,
ainda não!
Que fazer?
Faça versos,
faça,
no entendimento que tem dos desertos,
e dos fracos
à praça do teu terreiro
recalcitrante de escravos.
Engomada,
afastou a janela, pois
beba
dos enganos da tua justiça,
dos campos de lava não te figura anjo
em tuas asas moribundas.
Estátua,
gárgula,
filha do silêncio na lâmina rubra da espada,
não vê o mundo através do diamante em teus olhos,
passa,
que transformada está,
entre tantos
às missas ao sermão da violência,
defende o trono,
bravo!
Eis pois,
almas roubadas
às curvaturas rutilantes do teu exército
exalando o último suspiro da tua existência.