Tire o lacre ♣️

A doutrinação escolar não é teoria da conspiração, tampouco inofensiva. A ideologia que transforma Che Guevara num “cara legal”, despeja cabeças fraquíssimas nos departamentos de marketing. Um banco foi a mais conhecida vítima a receber esse “material contaminado”.

O “lacrador” departamento de propaganda do Bradesco resolveu ensinar o que os brasileiros devem comer. Na peça publicitária, três influencers dão algumas dicas — típicas de quem se preocupa, no máximo, com haters e deslikes —, dentre elas: diminuir o consumo de carne. Esta recomendação gerou uma incompatibilidade de interesses, por isso uma série de protestos. Detalhe: o setor agropecuário, grande investidor, não gostou nada das, por assim dizer, dicas. As ideias foram disseminadas pública e nacionalmente, porém as desculpas circularam, privadamente, em nota. Após os protestos vieram os churrascos em frente às agências do Bradesco. O estrago já estava feito.

Magazine Luiza, McDonald’s e Burger King são exemplos de empresas que fingem esquecer a lógica capitalista, sinalizando virtude. Para chamar a atenção dão uma “lacrada”. Acionistas, diretores e presidentes de empresas querem lucros, não uma sociedade melhor.

O McDonald’s de Bauru estava adotando um tal de banheiro multigênero. Num país que quase metade da população não tem saneamento básico, a lanchonete deveria se empenhar em fritar hambúrgueres perfeitamente. O Burger King é outro que deveria se ocupar de montar sanduíches em vez de tentar impor comportamento.

A Magalu entrou nessa e foi logo selecionando candidatos a trainee pela cor. Ou seja, se for pobre, entretanto branco, não tente. Não entre na loja, a não ser que tenha dinheiro para comprar uma batedeira, mesmo que no crediário.

Outras marcas também dão sua “lacradinha”. É legítimo que queiram atingir todos os públicos, contudo é desastroso quando vão contra o próprio consumidor. O banco deu um “tiro no pé” ao querer entrar pro clubinho do lacre. Ao sinalizar virtude, derrapou imprudentemente para o monopólio da virtude e ao invés de, simpaticamente, dar valiosas dicas empurrou, arrogantemente, diretrizes.