sem nome de Ninguém
pope parte#
Vivo em guerra. Transminto a paz. A vida se é mistério. Sou um monstro. Um ciclope solitário. O amor também é estrangeiro. Será que sou o se vê errado? Detesto ficar paranóico. Angustiado ou cético. Acabo desconfiando do que desconfio. Vulto. Sombra. Não dito. Cânticos. Alegorias. Tudo é motivo para bruxaria. Escuto histórias longas de quem diz amar e sofrer. Absolvo. Rogo. Prescrevo Ave Marias e Pai Nossos. Detesto ser negligenciado. Os olhos mudam de cores conforme o dia. Conforme a noite. De perto, ninguém é normal, frase de um hermano. Tenho dito: Ninguém está perto. Rezo a santos e santas. Espero. Acalmo. Profiro palavras aladas. Pronto para entrar. Rezo algo. Alto. Calado. Sou porta voz do maxilar doido. Entre os dentes escapa a vida e a morte. Procuro meu pai como um cadáver imortal. Renasço pai para louvar a deus. Zeus. Quero saber quem foi meu pai. Quem é um pai? Meu amor heróico. É por ele que clamo. Amo. Procuro teu nome. Nada sei dele. Só sei que andas e falas como um homem. Talvez tenha tantos nomes que não zele por nenhum. Talvez seja um homem, de muitos nomes. Ou talvez seja só um homem sem nome.