A ambição pelo crescimento econômico e o bem-estar da humanidade.
O grande impasse do ser humano contemporâneo é a ambição. Isso tem ocasionado-lhe drásticas conseqüências em suas relações sociais, econômicas e provocado a deterioração de diversos ecossistemas naturais, pondo em risco a permanência da humanidade na Terra. Nessa acepção, ser ambicioso se torna um meio de conduta irracional e puramente egoísta, em razão da despreocupação com os recursos ambientais indispensáveis à vida humana e que são focos da exploração desenfreada dos interesses capitalistas.
No entanto, não é somente essa exploração dos recursos naturais a principal causa da destruição da natureza, mas também os métodos utilizados pelo homem para aplicá-los no seu cotidiano – vários deles, em si, já são poluentes. Com isso, é premente uma conscientização humana, com a adoção de medidas ecologicamente benéficas para o uso e para a preservação da natureza, de modo que, dessa maneira, seja possível a existência equilibrada do ser humano com o meio ambiente. Isso é o que também propõem os ambientalistas. Porém, a hipocrisia humana e a ambição por crescentes índices econômicos obtidos a partir da devastação dos ecossistemas naturais estão sempre acima dos constantes alertas de ecologistas e estudiosos.
Assim, nota-se a necessidade de uma inversão dos métodos capitalistas e da conduta do ser diante desse sistema e a urgência de pôr realmente em prática as medidas adotadas e propostas por organizações nacionais e mundiais, como as das ONG’s de cunho ambiental, da ONU e, até mesmo, da Igreja Católica. O fato de as conseqüências dessa irracionalidade poder extinguir a raça humana é inquestionável. Contudo, prevê-se que essa extinção não esteja próxima, e, por conseguinte, o homem permanece na porfia maneira errônea de exploração e utilização dos recursos naturais. Não é mais aceitável que essas atitudes sejam levadas adiante; as reações naturais – como terremotos, inundações, aquecimento da temperatura – já são notórias.
Dessa forma, vê-se que é urgente uma reavaliação da conduta do ser em face aos interesses individuais e econômicos. É preciso manter o bem-estar das gerações futuras, e, para isso, é indispensável que o homem contemporâneo adote medidas menos ambiciosas, menos egoístas e de preservação da natureza. Apenas assim é possível manter a existência da raça humana na Terra.
Alexandre J. Nobre.