braguilha
Só parte#final
A braguilha é epifania final de um romance. Todo-mundo-é-um-pouco-Catarina-pouco-Domenico. Dirá Francisco. Num cabaré barato, caminho em direção ao banheiro. Alguém oferece uma lanterna. Sinto-me um convidado. Logo entendi. As luzes estavam apagadas. Miro o foco de luz no que habita a frente. O gesto é antigo: iluminar a escuridão. Ao tentar abrir a braguilha percebo que sempre esteve aberta. Começo a chorar até cansar. Desapareço. Nu. Mão no bolso. Portas aberta para que quiser entrar. Na braguilha para quem quiser sair. Os demônios sobrevivem. Os amores resistem. A história mais antiga do mundo.