TONINHO PROCURAVA JÚPITER

A primeira bicicleta foi presente da família da mãe, mas ele trocou por uma Brennabor de corrida e hoje tem na coleção uma Adler de 1937, uma Legnano do mesmo ano e modelo que Gino Bartali utilizou para salvar alguns judeus perseguidos na guerra, uma Gärick com a pintura original, Muzi Cycle, Campagnolo, Atala, Bianchi, Caloi, Peugeot, Augusta. Nenhuma Penny Farting – as bicicletas com a roda da frente maior que a de trás. Toninho trocou a Júpiter por uma Brennabor, de corrida, do vizinho da serraria. Ele precisava da Júpiter, Toninho queria muito uma bike de corrida, coisa rara na época. “Meu avô Arlindo morou um pouco na rua Botafogo, numa chácara pequena pois ele gostava de espaço, era do campo. Depois ele comprou uma casa melhor, que foi desmanchada e ali construído o edifício onde a minha filha Luciana mora. Ali, na época que era a casa do meu avô, morou minha tia Antonieta, que era pianista, meu tio Gregório que era contador do Grupo Olvebra e eu tinha uma oficina mecânica nos fundos, por isso ia seguido para Porto Alegre, também porque tinha muitos amigos por lá.” Com a ideia de reencontrar sua primeira bicicleta, Elpídio conseguiu encontrar outra Júpiter para restaurar.