Ciência x Espiritualidade x Filosofia. O que você acredita?

Proponho aqui uma reflexão.

Somente um chamado à reflexão!

Sem julgamento de valores!

Sem crítica!

Sem querer convencer ninguém sobre o que vejo, sinto e acredito!

...

Em dado momento da história humana, os sábios, filósofos detinham conhecimentos místicos e espirituais (para não falar religiosos), conhecimentos científicos, filosóficos, psicológicos, mentais e emocionais!

Sábios, filósofos, mestres, líderes espirituais, xamãs, druidas celtas, monges, etc. do passado detinham conhecimentos adquiridos mais os conhecimentos ancestrais.

Não porque eram especiais ou melhor que ninguém!

Não por mérito cósmico ou espiritual!

Mas porque se detinham a tarefa de observar! Estudar! Conhecer!

Temos aqui inclusive a base da Filosofia moderna.

O "filósofo” é aquele que ou quem ama a sabedoria, movido pela consciência lúcida da ignorância inerente à condição humana (O sentido remonta ao filósofo grego Pitágoras (VI a.C.), citado pelos antigos como o inventor da palavra filosofia).

Sendo assim o filósofo é o que ou quem investiga os princípios, fundamentos ou essências da realidade circundante, seja numa perspectiva imanente, seja propugnando causas e explicações transcendentes, transcendentais ou metafísicas.

Assim era no passado da humanidade!

Em dado momento houve uma cisão entre a ciência e a religião e a filosofia!

Mesmo que a filosofia transitasse livremente pela ciência e religião (ou espiritualidade), também se tornou algo à parte do conhecimento científico e religioso humano.

Decorre disso que hoje temos pessoas que somente acreditam no que a ciência diz ou consegue comprovar sua existência.

Do contrário, ela nega a existência.

Há uma frase que vejo em pessoas (que normalmente ou são ateus e negam o “divino”, ou pessoas que não aceitam ou admitem o “divino” em suas vidas) que dizem: “Eu só acredito no que vejo! E no que a ciência consegue comprovar.”

Afiançando toda uma realidade de conhecimento, toda uma “verdade” calcada somente no que a ciência consegue perceber, estudar e comprovar a existência.

Eu aqui escolhi e decidi respeitar todas as visões, mesmo que não concorde!

E essa visão, eu respeito, mas não concordo!

Acho simplista demais!

Reduz o universo inteiro ao que nós conseguimos perceber somente (e provar) de forma científica, mental ou racional.

Para uma pessoa que diz que acredita somente no que vê, eu pergunto (como forma de reflexão somente): o que você vê? O que consegue ver?

Consegue ver o ar, ou o oxigênio?

Ou todos os gases da tabela periódica da química?

Consegue ver as ondas de rádio? As ondas da música ou dos sons?

Consegue ver a eletricidade? Os átomos? As células?

Obviamente a resposta é não! Não consegue!

De novo, pergunto: o que você vê? O que consegue ver? E assim, qual o tamanho do seu mundo? Do universo?

Você vê a lua? Os planetas? As galáxias?

Então você que só acredita no que vê, o mundo é só onde alcança seu poder visual? O universo?

Aí a pessoa fala: mas isso que sinalizou, a ciência consegue comprovar.

Acredito na ciência!

Em primeiro lugar, se ele não for um cientista que investiga tudo isso, ele está acreditando em algo, numa informação que outro falou, não o que ele viu, sentiu, experimentou, provou cientificamente que existe!

Então temos aqui uma questão clara de crença!

Ele não crê na espiritualidade, mas crê na ciência!

Antigamente, a ciência não comprovava os átomos, certo?

Em dado momento, descobriram!

Mas isso não significa que não existiam anteriormente!

Quando eu estava no primeiro grau ensinaram que o átomo é a menor partícula da matéria. Hoje não é mais esse o conhecimento vigente!

O tamanho de quantidades de planetas existentes, por exemplo? Qual é?

De acordo com o aumento da capacidade de estudo da ciência com computadores de última geração, telescópios mais e mais potentes, temos hoje uma realidade!

Mas essa realidade é fechada? Finita?

Ou somente de acordo com a capacidade da ciência em cada momento da humanidade?

Qual o tamanho real do universo?

Quantas espécies vivas existem no planeta?

E no universo?

Quem sabe?

Qual é a verdade?

Existe uma verdade? Ou ela é relativa?

Todos os cientistas concordam entre si 100%?

Cada vez mais a ciência avança por exemplo em curas, para melhorar a saúde e a expectativa e qualidade de vida do ser humano, certo?

Mas a ciência de 100 anos atrás estava errada?

E a de hoje, está plenamente certa?

Ou o conhecimento é algo infinito?

O universo é infinito?

Então há sim, coisas, fatos e conhecimentos que podem existir, mas ainda não conseguimos provar!

Não conseguir provar ainda, não é suficiente para se negar a existência de algo!

Romanticamente, temos os sentimentos e emoções humanas!

Bons e maus sentimentos e emoções!

Como provar ou comprovar o amor? A saudade? O ciúme?

Que ver outra reflexão complexa e polêmica? Mas pertinente à minha reflexão...

Os livros sagrados (para não dizer somente da bíblia), são comprovados cientificamente? As histórias (mitos, lendas, parábolas, histórias e estórias de cada livro sagrado da humanidade) são comprovadas cientificamente? Historicamente?

E por isso perdem importância em nossas vidas?

No nosso sistema de crenças? Claro que não!!!

O que é verdade? O que é real?

O que acredito é real para mim, não é?

Temos o livre arbítrio para crer ou não no divino, na ciência, na filosofia.

Então, podemos depreender que a nossa realidade pode ser diferente da do outro, certo?

E é, não é? Pois depende não só de nossas crenças, mas nossa capacidade de aprender, conhecer, entender algo! Cientificamente, falando, psicológica, filosófica ou espiritual.

Ou seja, não há conhecimento ou “verdade” que seja fechada e aceita 100% por todos!

Daí a importância do respeito a todas as visões!

Qual o tratamento certo para o câncer? E para o Covid 19? Tem certeza disso?

E qual o tratamento correto para depressão?

Como prever o suicídio?

Qual a religião certa? Perfeita?

Será que existe?

Novamente, insisto que não estou tentando introjetar minha forma de ver, sentir e interpretar o conhecimento humano.

Não sou (e nem tenho a leviana pretensão de ser) o dono da verdade!

Porque acabamos de perceber que não existe uma verdade única!

Mas não quero aqui defender meu ponto de vista psicológico, filosófico e espiritual!

Para você que chegou aqui refletir!

Se concordou, sensacional!

Se não concordava, mas mudou sua visão, sensacional também!

Se não concorda e continua com sua posição, maravilhoso!

Viva a diferença!

A única coisa que defendo ferrenhamente é a liberdade de expressão e o respeito!

O respeito a todas opiniões.

Eu creio em coisas, fatos, sentimentos que não consigo explicar!

Acredito no divino! Independente de uma religião, que aliás, não professo nenhuma!

Não sigo, não pratico, não sou afiliado a nenhuma das religiões!

Mas acredito no divino!

Prefiro chamar de divino em vez de Deus!

O conceito e entendimento de Deus se desgastou muito.

Gosto muito, aceito a visão, o entendimento da Ordem Rosacruz AMORC (a qual sou membro ativo desde 2008) quando faço uma invocação numa oração ou meditação: “Deus do meu coração, Deus da minha compreensão!”

Pois esse Divino para mim, o meu Deus... não é o da religião alguma!

É o do meu coração! Da minha compreensão! Do meu entendimento! Percepção! E crenças!

Que pode ser parecido com sua visão!

E provo aqui que para ter fé, acreditar no divino, não é preciso religião ou templo!

Fé, espiritualidade é uma questão particular!

E, portanto, nem certa, nem errada!

É a nossa percepção

E aí, a pessoa que diz que só acredita no que vê, me pergunta se eu vejo Deus.

E eu respondo: sim, eu vejo Deus!

Vejo Deus em tudo!

Toda a natureza, todos os seres vivos, todo o planeta, tudo que existe e não existe (que não foi comprovado pela ciência ainda), eu vejo Deus em tudo!

Vejo e sinto!

Vejo Deus em mim!

Vejo Deus em você!

E você, o que vê?

Qual o tamanho do seu mundo?

Por Mauricio Franchi (Veeresh Prem Das)