difama
Imagino você aí. Só.
Como quem supõe saber o que faz. Mas você sabe que nada sabe.
Segue guiada.
Sem saber porque se guia.
Embora você guia seu carro.
Guia sua empregada.
Guiada por algo que nem sabe que te guia.
Você foge sem saber para que.
Foge para comprimir o desejo.
Já pensou se teu desejo pudesse dizer para seu desejo não fugir?
Quem disse que precisa ser assim?
Quem foi que disse que sua felicidade não tem importância?
Não há catequese para isso.
Há quem diga que pensar isso é coisa do diabo.
Você acredita no diabo?
Eu queria acreditar. Mas não dá.
Depois de tudo que acontece.
O diabo virou piada.
Coisa de livro infantil para crianças sem alma.
Você é a mesma que nasceu.
Porém agora tem asas.
Vai ficar para que?
Você se ama?
Quem te ama faz o que por você?
Pensa!
Amanhã você será isca para quem te difama.
Pensa!
Ama!