Catarina II

Parte#

Pareço ser aquela mulher forte, forte, forte.

Eu só me revelo pra mim.

Não abro a mínima chance de mostrar os meus defeitos.

Dizer o que penso, com sinceridade, pode passar a imagem de que sou uma sonhadora.

Na frente de todos transmito somente certezas. Certezas para dominar a dúvida do mundo masculino sobre a minha competência, sobre a minha capacidade de ser forte.

Eu sonho.

Claro que sonho.

Mas esses sonhos não revelo para colocar num álbum.

Vivo com muitos ao redor. Inclusive, sei que dependo deles por perto. Assim como eles depende de mim.

Porém, para mandar não é possível sonhar.

Para mandar é preciso ser convicta.

Mesmo sem saber.

A certeza é a nova convicção.

Os tempos modernos impõe uma outra atitude.

Ser mulher é viver a sete chaves, todas espalhadas em muitos cantos.

Sou fruto da minha força. Sou forte, forte, forte.