História em Chamas
A estátua do bandeirante Borba Gato, do navegador Pedro Álvares Cabral e a réplica da Estátua da Liberdade não são as únicas a experimentarem a fúria esquerdista em forma de fogo. Isso vem ocorrendo em diversas partes do mundo. É o insano julgamento de símbolos.
Essa maneira estúpida de, tentar, reescrever a história só traz mais luz (linguagem figurada) à representação do personagem incinerado. Tanto Borba Gato como Cabral foram chamados de genocidas. A Estátua da Liberdade, da loja Havan de São Carlos, deve ter sido tostada ou porque simboliza o império capitalista estadunidense ou porque o dono da Havan é bolsonarista. Ou os dois.
Nos Estados Unidos, existe uma onda de derrubar estátuas, também, numa tentativa de apagar a história e escrever uma nova. O Black Lives Matter serviu para a ativista Patrisse Khan-Cullors — líder do bando que pôs o mundo de joelhos — garantir sua moradia de US$ 1,4 milhão na Califórnia. Ela apenas corroborou a afirmação de Ayn Rand: “A menor minoria na Terra é o indivíduo. Aqueles que negam os direitos individuais não podem se dizer defensores das minorias”.
Também nos EUA, demonstrando um desconhecimento de História ou pela sanha de destruir, derrubaram uma estátua de Abraham Lincoln, xingando-o de, acreditem, racista.
Padre António Vieira, Portugal; Cristóvão Colombo, EUA; e Edward Colston — comerciante e filantropo inglês. Controvertido porque também foi comerciante de escravos. — tiveram algumas obras vandalizadas, talvez numa tentativa de apagar a História Ocidental, sinalizar virtude ou apenas destruir algo. Queimadas, decapitadas, tombadas ou apenas destituídas de seu pedestal, num cantinho superior, esses monumentos estão sendo julgados, sem chance de defesa, séculos depois. Muitas vezes, acusados de termos e conceitos inexistentes na época em que viveram. Taleban, Estado Islâmico ou qualquer grupo fundamentalista do Oriente Médio, não, são atos de um grupinho entediado. Esse obscurantismo não é privilégio de corrente ideológica.
Essa cegueira censura, cancela pessoas, patrulha o pensamento (polícia do pensamento), controla a linguagem (novilíngua), queima livros (Index Librorum Prohibitorum) e derruba ou incinera estátuas, como se a simples destruição do objeto fosse acabar — ou diminuir — o racismo, preconceito etc.