Livro Budapeste, de Chico Buarque de Holanda
Ensaio sobre livro Budapeste com fundamentação nas teorias estudadas em Sociologia da Literatura
O livro Budapeste é fragmentado, o fim nos explica o inicio ou ao contrário, portanto não possui uma estrutura linear, parte das recordações do narrador, é em primeira pessoa.O livro possui sete capítulos intercalados entre os espaços do Rio de Janeiro e Budapeste, todas as vezes que o personagem entra em conflito em um espaço, vai para o outro. Todos os personagens que compõem o livro são delineados pela ótica do narrador.Não há definição de temporalidade no livro nem a sociedade que os personagens transitam.Pressupomos que seja século XXI, pelas marcas tecnológicas que o narrador nos mostra (secretaria eletrônica, celular, computador, Internet).A sociedade em que os personagens estão inseridos, é burguesa e capitalista, que é representada pela personagem Vanda com sua ótica superficial do mundo. Constitui-se em mundo dilacerado pelas aparências em que o personagem principal não encontra o seu lugar, ele transita durante todo o livro entre o Rio de Janeiro e Budapeste, vive duas vidas intercaladas por espaços sociais diferentes e ama duas mulheres absolutamente opostas, mas não encontra seu lugar.O personagem José Costa dilacera-se numa solidão anônima, porém seu anonimato é relativo, pois como ele existem muitos.
O inicio da leitura nos leva a um romance asfixiante, ao qual o personagem José Costa (ou Zsoze Kosta seu nome em húngaro) é um escritor que vive nas sombras, é um”ghost writer”,como também torna-se um fantasma em sua pessoal.O personagem José Costa mora no Rio de janeiro, está casado com Vanda, uma apresentadora de telejornal, bonita, superficial que vive dizendo lê tudo em suplementos literários, uma típica representante do consumismo, do imediatismo e desse mundo feito de aparências e espelhos.Possuem um filho Joaquinzinho, ao qual José não sente nada, porém não se sente culpado.Em Budapeste, há Krista, o oposto de Vanda.Durante todo o livro o narrador nos passa a percepção de derrota tanto nas relações pessoais como nas profissionais. Como Lukács nos afirma no Ensaio de uma tipologia de uma forma da romance: ”(...) uma utopia que, desde o inicio, sofre de consciência pesada e tem certeza da derrota”.¹ O personagem José Costa age e vê tudo e a todos a partir de sua ótica e seu individualismo, não constrói nada, pois acredita que não há nada para construir, somente recolhe-se à sombra da sua literatura que sempre possui um espaço em branco para outros assinarem
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O primeiro capítulo de Budapeste começa com a frase: ”Devia ser proibido debochar de quem se aventura em língua estrangeira”.São reminiscências do narrador José Costa para explicar como aprendeu a falar húngaro com a professora e namorada Krista.Nesta frase, o narrador começa a grande discussão que percorre todo o livro, porque a linguagem constitui-se em uma personagem, tal sua importância no decorrer do livro.José costa foi parar por acaso em Budapeste e lá começou o fascínio pela língua magiar de Budapeste.O personagem voava de Istambul a Frankfurt com conexão para o Rio, foi oferecido o hotel do aeroporto para pernoitar.Foram avisados que os problemas técnicos responsáveis por aquela escala, foi na verdade uma denuncia anônima de bomba a bordo.Nesse capítulo o autor afirma que a língua húngara: ”uma única língua do mundo, segundo as más línguas, o diabo respeita” p.6.O que nos remete a Sartre com seu eterno debate sobre a linguagem. Não há nesse capítulo, informações adicionais dos personagens, como nomes, profissões ou localização temporal, nota-se uma dualidade que podem ser recordações ou talvez o tempo presente da narrativa.
No segundo capítulo começa com uma descrição do personagem assistindo televisão em que sua mulher Vanda é apresentadora do telejornal.O personagem liga a secretaria eletrônica e escuta as mensagens e todas são descritas como se fossem um monologo interior, para um leitor desavisado causa um susto.Nesse parágrafo, o narrador continua descrevendo as ações de forma intercalada com raríssimos pontos finais como se fosse a transmissão dos seus pensamentos ou a sensação de fuga que se sobrepõe ao resto. Como se a linguagem transmitisse o que sente, sem, no entanto dizer nada objetivamente. O filosofo francês Jean Paul Sartre justificaria assim.O falante está em situação na linguagem, investido pelas palavras: são os prolongamentos de seus sentidos, suas pinças, suas antenas, seus óculos: ele as manipula a partir de dentro, sente-as como sente seus corpo,esta rodeado por um corpo verbal do qual mal tem consciência e que estende sua ação sobre o mundo.
Assim quando termina o parágrafo, entendemos as sensações de fuga medo, hesitação que nos passa, precisa ir para agência.Tem preguiça, mas necessita da agência.Contudo também lembra que esse descaso não existia, quando agência era pequena. Então Álvaro, seu sócio, passava os dias fazendo contatos na rua, anunciavam nos classificados sempre dizendo que eram confiáveis e tudo era feito de maneira confidencial. José da Costa aceitava qualquer encomenda, escrevia não por dinheiro, porém, para aprimorar o estilo.Dissertavam sobre tudo, monografias, provas de medicina, petições de advogados, cartas de amor, de desespero, chantagens, ameaças de suicídios.Mas nunca assinava seu nome, era um “ghost writer”.
Álvaro o achava um gênio e o explorava ou José se deixava explorar, pois não gostava da parte social ou fingia não gostar, é uma personagem de diferentes facetas.O narrador começa redigir discursos políticos, mesmo sendo bem pago, sentia-se infeliz, pois os oradores ao lerem seus discursos, atropelavam as palavras e esqueciam os parágrafos que o narrador mais gostava. Nesta época começa a escrever artigos em jornais de grande circulação. Segundo o narrador surge sua recompensa profissional.Contudo, eram escritos para outras pessoas, no entanto o fato delas serem famosas fazia o personagem sentir-se estimulado, era como progredir na sombra.
Entregam, meio por acaso, um envelope com um convite para encontro anual de autores anônimos em Melbourne, o narrador não acha importante, mas depois de uma briga com a esposa, resolveu ir ao encontro na Austrália.Nesse encontro em hotel soturno, oradores de diversas nacionalidades dissertavam sobre escritos que tinha feitos para outras, eram muitos pares de José.Todos derrotados e vangloriando-se de textos sem autoria.O narrador protegido pelo anonimato falou dos seus textos, dissertou até se sentir vazio como se tivesse libertado sua alma.Pode contar sua historia como o herói passivo contemplativo de Jameson³ (....) “pode agir,sua vida pode ser contada como uma estória:no entanto,tais atos são agora atos no tempo,são esperança e memória.”Entretanto o presente retornou e o personagem voltou a vida de escritor fantasma.Engravidou sua mulher e a agencia cresceu, foram contratados vários escritores todos eram treinados para serem iguais ao personagem José.O narrador sente-se incomodado com aquela fábrica de clones, sente-se deprimido e começa a escrever biografias.
Álvaro acha interessante, acredita na criação de biografias como um mercado farto e reprimido.O narrador relata que muitos clientes famosos o queriam como biografista, mas somente aceitava aqueles tão obscuros como ele, porém muitos ricos para pagar muito bem.São descritas várias biografias.José vai para um novo encontro de autores anônimos em Istambul, na volta precisava fazer a biografia de um alemão que mal sabe falar português.Na volta de Istambul, não tem vontade de escrever, sente-se fatigado, não no sentido físico, é sua alma que está doente.Acha o filho extremamente gordo, porém não faz nada não diz nada, é completamente omisso como pai. Para o narrador, como nos alerta Jameson 4 (1985) “a vida do herói é a fonte de toda dor, toda perda, o próprio elemento interior do qual ele vem a conhecer a futilidade da existência humana”.
Então o sucesso veio com a biografia de Kaspar Krabbe, o livro ginografo. O narrador criou uma excelente biografia, ao qual o alemão aprendeu escrever Português nos corpos das suas amantes brasileiras, a biografia torna-se um sucesso.A descrição dessa biografia acontece no livro Budapeste como se o narrador as tivesse vivenciado.Constitui-se em uma intensidade que quase nos enreda na história, já não sabemos mais o que é real ou imaginário.José começa a transformar-se, usa as palavras como ações, o que se justifica nas palavras de Sartre (1989) “Falar é agir; uma coisa nomeada não é mais inteiramente a mesma perdeu a sua inocência”. Para o personagem foi penoso entregar este livro, pois as palavras saíram tão rápidas, intensas, e não poderia desfrutá-las, logo pertenceriam a outro.
Porém, José sabia que não assinaria a biografia, pois nunca impôs nenhuma regra de co-autoria ,possuía medo de tentar mudar e já não tinha sonhos.Resolveu viajar com sua mulher, iam para Londres, porém na última hora no aeroporto, Vanda foi para Londres ele foi para Budapeste.
Este capítulo há um retorno para o primeiro, o narrador está em Budapeste com Krista.O personagem sente a pobreza de seu vocabulário húngaro quando tenta descrever a beleza de Krista, somente diz: ”bela, branca”.Neste capítulo, José explica como aprendeu húngaro usando substantivos e relaciona a paixão por Krista com o desejo de aprender a língua magiar.O personagem em suas viagens sempre se hospedava em um hotel Plaza, pois segundo ele, em todas as cidades do mundo existe um hotel Plaza e nunca ficava em uma praça.O personagem caminha por Budapeste, se embebeda, é enganado por um casal que o faz pagar a conta do bar.José sentiu seu desconhecimento da língua, pois se dominasse o idioma não teria sido enganado.
A personagem Krista diz para José que a língua magiar não se aprende nos livros, sim na vida, que teria que esquecer língua anterior para entender húngaro.Então começa a estudar húngaro com Krista e também amá-la.Krista tinha um filho, ao qual José era tão indiferente quanto ao seu filho. Segundo o personagem, Krista nunca teve interesse por sua vida, não sabia que era casado, tinha um filho e era um escritor fantasma em Língua Portuguesa.De vez enquanto, sentia saudades de Vanda, do Rio de Janeiro, mas sentia mais saudades da Língua portuguesa do que sua mulher.José resolve voltar para o Rio de Janeiro, não consegue se despedir de Krista, não possui palavras suficientes para lhe dizer adeus, porém Krista entende e sofre.Nestas idas e vindas do narrador não há determinação de temporalidade.O personagem não dá explicações a suas atitudes, vê o mundo e suas relações sob uma ótica particular e subjetiva.Há uma insatisfação com o seu tempo presente, talvez não saiba ou não entenda o que procura, Rio de Janeiro ou Budapeste? Vanda ou Krista?José não é mais um com seu mundo. É um contra o mundo, contra si mesmo, pois sua alma o atormenta, esmaga.Trata-se da fragmentariedade de um mundo que reflete no homem.O que nos remete ás palavras de Lukács que o homem: “Ao sair em busca de aventuras e vencê-las, a alma desconhece o real tormento da procura e o real perigo da descoberta, e jamais põe a si mesmo em jogo.”.
No quinto capítulo, volta ao Rio de Janeiro, é natal.Encontra o filho mais gordo dormindo em sua cama, espera Vanda em vão, depois descobre que estava morando durante a semana em São Paulo, pois a mesma apresentava o jornal do turno da noite.O personagem somente a encontra no final de semana depois do natal, na noite de ano novo, mal se falam e vão a uma festa, ao qual José sente ciúmes de sua mulher e brigam.Ele diz que é autor do livro Ginografo, pois recebe uma copia de presente de Vanda, e a mesma fala que adorou o livro, logo ela que nunca lê nada, pensa José.O personagem sente muita raiva, uma das poucas vezes, que o personagem reage e exterioriza seus sentimentos, depois se sente culpado.Pensa que as palavras poderiam ser rasuradas, riscadas, contudo, as palavras foram ditas, não havia o que fazer.
Álvaro pede muito a José para voltar para agência porque precisam de dinheiro, diz que deveriam fazer mais biografias.Entretanto o personagem não consegue encontrar justificativas para seus antigos sonhos, havia um oco existencial não sabia o que fazer ou para onde ir.Existia uma desintegração ou uma incapacidade de dominar sua existência.Pensava em largar em definitivo a agência, os livros, enfim as atividades profissionais.Mas não havia dor do fracasso, somente uma finitude.Queria viver em paz com Vanda e ser um bom pai. José acreditava que escrever o esvaziava, de tanto escrever, reescrever, corrigindo e depurando textos quando chegava em casa não sobravam palavras bonitas para Vanda.Quando pensava em alguma palavra bela, a aguardava para seus escritos.Entretanto essa paz não veio, novamente, depois de uma briga com Vanda pegou seu passaporte e foi para Budapeste.
A partir do quinto capítulo o personagem, em Budapeste, passa a chamar-se Zsoze Kosta.Krista não o aceita mais como namorado, mas possui pena e o aceita em casa para morar num quartinho dos fundos.O personagem descobre que está só, não tem dinheiro, Álvaro bloqueou sua conta bancária. Krista lhe arruma emprego no Clube das Belas Letras, era um trabalho braçal, empurrar móveis, instalar microfones, ajustar o som.O personagem não dominava o idioma húngaro para ter um outro tipo de emprego num clube cheio de intelectual ás voltas com a semântica, à semiologia e a hermenêutica.No final do expediente, levava os gravadores para casa para escutar os discursos. Pretendia aprimorar o aprendizado da língua húngara, pois também eram discutidos clássicos da literatura, declamavam poesias.Era aberto ao público para exibições de literatos anônimos, embora o personagem acreditasse que literatura não necessitava de exibições.O personagem como o herói representante do Realismo da desilusão de Lukács (...) renúncia a todo papel na configuração do mundo exterior.”
O personagem zsoze passa a dominar a língua magiar com as traduções dos discursos e Krista volta ajudá-lo.Neste capítulo, adquiriu um húngaro padrão culto, mas com sotaque.Passa a revisar atas do clube e também começa a substituir os termos em que não gosta, mas nada fica em seu nome, as atas são assinadas pelo escrivão do clube, o velho Puskás.Na verdade, mesmo dominando o idioma, o personagem continuava anônimo, tudo que escrevia assinava outro nome.Em húngaro, sabia escrever poesias, no entanto em português nunca dominou a lírica O personagem começa a escrever poesias para um poeta que se encontra em decadência Kocsis ferenc que ele havia conhecido no Brasil.
O personagem não consegue autonomia, não se mostra, não importa em que país esteja, a solidão da sua alma torna-se maior que o tempo presente.A realidade sempre lhe foge, esconde-se atrás de alguém, não importa se na forma narrativa ou lírica.Mesmo criando um universo paralelo usando outro nome, dominando o idioma e sendo amando por Krista novamente, as derrotas são inevitáveis.Ele não consegue renunciar totalmente de viver, contudo também não encontra realização em nada, o mundo o cerca e o esmaga. Depois de discussão com Krista, em que desdenha das poesias de Kocsis, dizendo que possui um acento de estrangeiro.O personagem sente ódio, mas não pode dizer que é o autor dos versos, possui medo das palavras de Krista, Segundo Sartre: “Pode calar-se, mas uma vez que decidiu falar é preciso que o faça como um homem visando o alvo, e não como uma criança ao acaso...” José sabe o poder das palavras, já sentiu sua força, então decide ir embora
No sexto capítulo, ”Ao som de um mar”, temos a volta do personagem ao Rio de Janeiro.Não há definição de passagem do tempo no capitulo anterior, mas pressupõe-se que tenha ocorrido um tempo longo pelas marcas que o personagem nos mostra nesse capítulo.Havia um estranhamento com o idioma brasileiro, sentia as palavras, porém o significado não vinha.José possui a sensação de estar em um país com uma maneira de falar que não reconhecia mais.”Logo reconheci as palavras brasileiras, mas ainda assim era quase um idioma novo que eu ouvia (...) p.155. Sente-se como um viajante que depois de longa ausência volta ao seu país, tudo que vê o assombra, as pessoas, a maneira como se vestem, as gírias. A agencia Cunha & Costa ao qual trabalhava em sociedade com Álvaro não existe mais, ninguém tem conhecimento dela. Álvaro, agora, trabalha em Brasília como assessor de um deputado federal. As livrarias não lembram do livro Ginografo”.
Não tinha dinheiro para pagar a conta do hotel, ficava os dias preso no quarto para não ser cobrado e saia á noite para andar pela cidade, uma cidade desconhecida e solitária, numas das caminhadas possui a impressão de ver o filho, um jovem adulto, mas não tem certeza, então não fala nada.Isola-se cada vez, nem o telefone atende. Todo se resume a uma inutilidade de buscas, não há nada que fazer. É um mundo perdido e o personagem não sabe para onde ir. Numas das tantas vezes que o telefone toca, resolve atender, um homem pergunta pelo Senhor Zsoze Kosta, diz que é o cônsul da Hungria e o estava procurando para lhe entregar uma passagem aérea para Budapeste cedida pela editora húngara Lantos Lorante &Budai.Também para lhe dar um visto de livre permanência no país, pois havia perdido seu visto quando veio embora. O personagem pensou que os livreiros pressionados pelo sucesso das poesias que fez para o poeta húngaro o queriam de volta para escrever mais poemas.
No sétimo e último capítulo, o personagem volta a Budapeste, o circulo se fecha, pois o livro inicia em Budapeste.Quando chega ao aeroporto de Budapeste é recepcionado como um grande escritor, escreveu um livro chamado Budapeste, tinha uma capa fruta-cor.Ficou atônito, os refletores ofuscavam-no, não sabia quem era, não escrevera aquele livro, não era famoso.Logo em seguida, vê Pisti, filho de krista, sorridente e a própria Krista grávida com um bebê no carrinho se dizendo assombrada pelo sucesso do livro.José pensava: ”(...) falsificavam meu vocabulário, meus pensamentos e devaneios, um canalha inventou um romance autobiográfico (...)”p.169 .Para o personagem, o livro dera cores a um filme que estava em sua mente em preto e branco.Foi festejado no Clube das Belas-Letras como um escritor de sucesso, no entanto, sentia vontade de gritar: esse livro não é meu, não escrevi nada, mas ninguém lhe dava atenção, dava autógrafo, ia a jantares como um autômato.Tudo era estranho, dava palestras com discursos que não eram dele.
Senti-se como sempre perdido num mundo que não lhe pertencia, era como ter uma vida paralela sonhava que a qualquer momento, haveria uma mudança e então tomaria conta da sua vida.Para José, Lukács,”A vida faz-se criação literária ,mas com isso o homem torna-se ao mesmo tempo o escritor de sua própria vida e o observador dessa obra de arte criada”.O personagem José costa ou Zsoze Kosta persiste neste universo perdido pela falta de significação em que somente pode ser resgatado pela dualidade que a literatura configura.
“E agora José (...)”.
Bibliografia
BUARQUE,Chico.Budapeste.São Paulo:Companhia das Letras,2003
SARTRE,Jean Paul. O Que é literatura? São Paulo:Àtica,1989.p.9-124
JAMESON,Frederick.Em defesa de Georg Lukács.In:Marxismo e forma.São Paulo.Hucitec,1985.p.127-160
LUKÁCS,Georg.A teoria do romance.Lisboa:Presença,s.d.1962
BAUDRILARD,Jean.A Sociedade de consumo.São Paulo:Martins Fontes,1981