Luz do dia
Hoje penso, medito e sufoco minhas tristezas nas alegrias que grita por socorro.
Ganho asas nas turbinas do vento.
Corro em direção ao ocaso e fito a reta de chegada com minhas pernas cansadas pelos caminhos caídos no esquecimento.
Fujo da escuridão entrando na aurora.
Contesto o conhecimento seguindo a intuição.
Confronto minha arrogância com sutilezas de pergaminhos.
Sinto o sol na pele como a delicadeza das pérolas.
Sinto o perfume das flores de laranjeira suave e doce.
Fito o infinito com saudades das estrelas.
Almejo equilíbrio na corda bamba do destino.
Cores sintilantes no olhar do criador.
Luz no amanhecer da aurora que espreguiça sonolenta no esquecer do dia.
Quero tempo para correr descalço, sorrir para o vento e conversar com o dia;
Molhar os cabelos, tomar banho de chuva e aquecer-me ao sol largada na areia à ouvir o canto do mar.
A cotovia sussurra uma canção e acalenta meu coração.
O alvorecer se rompe e acorda meus sonhos.