A civilização moderna e as guerras.
O maior problema a ser enfrentado pelo homem moderno é o individualismo. Um dos motivos para tal característica encontra-se devidamente explicitado pela competitividade estabelecida por um sistema econômico puramente consumista, em que a moral e o respeito ao próximo cederam lugar a ideologias banais que estimulam a incessante busca por posições sociais privilegiada. Essa falta de altruísmo e a materialização do ser humano impregnam nele um conflito interno, responsável pelas grandes guerras armadas.
Embora as causas imediatas às guerras sejam por razões que, porventura, venham a ferir a integridade moral de uma comunidade ou de um país, não fosse a superficialidade humana – desenvolvida no decorrer de sua evolução – e o seu insignificante sentimento de onipotência, os grandes impasses da vida poderiam ser resolvidos de maneira mais civilizada e pacífica. No entanto, é como afirmava Mahatma Gandhi: “não há caminhos para paz, a paz é o único caminho”. Com isso, torna-se imperativo uma reavaliação na conduta das ações do ser, de modo que preponderem os meios racionais no seu convívio social.
Para isso é imprescindível que haja a coletivização do ser humano e o apego a laços afetivos. Assim, o autocontrole e o autoconhecimento se tornam essenciais para a consolidação desses ideais de vivência altruísta e harmoniosa. Porém, não é somente com esses métodos que as guerras são evitadas. Conflitos entre facções religiosas e políticas divergentes revelam que o respeito às diversas ideologias culturais, religiosas e sociais são prementes para o convívio pacífico dessas comunidades.
Portanto, nota-se que a superficialidade do ser humano, a extrema atenção a posições sociais, o individualismo e o desrespeito a culturas distintas caracterizam-se como empecilhos para a realização da paz interior e de uma sociedade pacífica. Assim, com a humanização da coletividade e a construção da racionalidade psicológica, os principais problemas do ser humano poderão ser resolvidos de maneira mais simples e menos brutal, como a da guerra.
Alexandre J. Nobre.