עֲנָקִיוּת
Vastidão

A vastidão é o Tudo. O Nada está contido nesse Tudo. O Tudo urde uma substância, o gás, que processa a energia, que por sua vez constitui a faísca originária, uma singularidade - a primeira manifestação, discreta, mas concebível no Nada. É a origem do devir, que se encontra assentada e equilibrada na matéria escura e na energia escura.

Esses adventos originários são anteriores ao que entendemos por tempo. É impossível, portanto, datar.

Onde há energia, há movimento. E a singularidade entra em efervescência; o que era frio, aquece-se; o gás derrama-se e se espalha pelo Nada, numa dinâmica indescritível, devido à rapidez e força.

Do movimento, surgem novos elementos constitutivos do vir-a-ser. Os elementos em simbiose, dão amplidão massiva aos futuros núcleos galácticos que retêm uma força imensurável, a gravidade. Essa força não permite que formas em construção se dispersem do seu núcleo. As formas são as nebulosas, onde partículas se forjam e, seguindo o mesmo princípio originário, de união entre elementos complementares entre si, funcionam como maternidade de objetos que darão acabamento aos conglomerados denominados galáxias.

As galáxias, provenientes do derramamento do gás, por toda a vastidão do Nada, mantêm seus objetos espaciais orbitando seus núcleos, devido à imensa gravidade de buracos negros que surgem em seus centros, durante seu processo de formação. Os buracos negros são consequentes das primeiras estrelas nascidas em cada uma das galáxias que, por crescerem exorbitantemente, explodem e se tornam esses objetos.

Poderíamos dizer que as estrelas são filhas das nebulosas e trazem em si todo o potencial criador de suas mães, gerando, assim, a partir de sua violenta ebulição, seus sistemas familiares: os objetos espaciais que as orbitam.

Eis o Universo, suas Leis e seus Princípios.