Abandono
Choro o tempo largado sentada a beira do caminho.
Poeiras liberam o pó enlameado de sombras.
Sou a teia furada pelo vento tentando sobreviver na tempestade que arrasta a rotina.
Vou a procura da luz navegando na escuridão do dia.
Busco equilíbrio na corda bamba da vida.
Sinto vontade de abraçar o amor com medo da dor.
Enredo meus sonhos na dobra do tempo costurando na vontade o sabor de felicidade.
Gosto do silêncio e da energia que me ronda na sabedoria do equilíbrio.
Grito e rasgo o peito sufocado pela euforia da dor do abandono.
Vingo a alegria matando a tristeza e ferindo o medo.
Hoje é dia da alegria e gostar do sol.
Raios quentes a aquecer minha alma.
Sou luz em mundo de escuridão.
Sou eu quem grita na voz que silencia.