Abandono

Choro o tempo largado sentada a beira do caminho.

Poeiras liberam o pó enlameado de sombras.

Sou a teia furada pelo vento tentando sobreviver na tempestade que arrasta a rotina.

Vou a procura da luz navegando na escuridão do dia.

Busco equilíbrio na corda bamba da vida.

Sinto vontade de abraçar o amor com medo da dor.

Enredo meus sonhos na dobra do tempo costurando na vontade o sabor de felicidade.

Gosto do silêncio e da energia que me ronda na sabedoria do equilíbrio.

Grito e rasgo o peito sufocado pela euforia da dor do abandono.

Vingo a alegria matando a tristeza e ferindo o medo.

Hoje é dia da alegria e gostar do sol.

Raios quentes a aquecer minha alma.

Sou luz em mundo de escuridão.

Sou eu quem grita na voz que silencia.

SOLANGE OLIVEIRA
Enviado por SOLANGE OLIVEIRA em 12/08/2021
Reeditado em 12/08/2021
Código do texto: T7319329
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