Procura
Olho o céu a procura do meu Eu Divino.
Me vejo como conchas largadas na areia rolando entre ondas, sufocadas pelo sal;
Cores cintilantes pelo sol que acaricia a água cristalina.
Procuro o calor dos raios, enquanto me debato na água fria dos meus sonhos.
Tempestades se chocam com a agonia da temperança.
Flor em luta com o botão.
Desabrochar da alma encrustrada na carne contra o desenrolar do tempo.
A alma anseia liberdade;
O corpo grita pela vida e a solidão chora pelo tempo em desalinho.
Sou eu na curva do mundo.
Marcas na pele tatuadas pela gravidade.
Dias sonolentos pela espera infinita.
Corpo em torno do mundo, na curva do tempo.
Sufoco meus medos esfarelando entre dedos os sonhos.