BENDITOS SEJAM OS MANSOS… VERDADEIROS!
O poster mostra o desenho minimalista do que parece duas meninas abraçadas, de costas, como se estivessem assistindo um por-do-sol, ou caminhando na mesma direção.
O texto é esse:
“Seja a palavra de carinho
Que desarma a Ofensa,
Seja o Olhar Sincero,
Que desarma a falta de afeto.
Seja o Abraço que acolhe,
O sorriso que devolve a vontade de prosseguir.
Seja o Abrigo para aqueles
Que precisam de Afagos.
Seja Amor e o mais importante:
SEJA FELIZ!
Aí, me vem na lembrança, um texto que li, interpretando, numa festa Re-ligiosa, há mais ou menos 58 anos: O SERMÃO DA MONTANHA.
Questionadora, como sempre, eu não entendia por que assassinaram o autor do Sermão.
Queria respostas… mas ninguém as tinha, que me satisfizesse.
Em silêncio, durante vários anos… entendi.
Entendi que para tudo nesse Caminhar, existem limites.
Ou seja:
“Seja a palavra de carinho
Que desarma a Ofensa...”: Não dá para dizer EU TE AMO, a quem foi ferido, por outras pessoas, e vitima de “trauma” crava uma faca no meu peito inocente!
“Seja o Olhar Sincero,
Que desarma a falta de afeto...”: Não dá pra agir dessa forma, com alguém que, por me saber indefesa, estourou meu olho, com um murro!
“Seja o Abraço que acolhe,
O sorriso que devolve a vontade de prosseguir...”; Não dá pra abraçar e sorrir, incentivando prosseguir, àquele que me deu uma rasteira, passou, pisando em mim, só pelo prazer de me ver sofrer.
“Seja o Abrigo para aqueles
Que precisam de Afagos...”: Não dá pra afagar a quem desmantela minha autoestima, escarra ofensas na minha cara, em retribuição ao meu carinho e compreensão.
Por fim, entendi...
“Seja Amor e o mais importante:
SEJA FELIZ!”: Entendi o “Amai uns aos outros, como a vós mesmos…”. E, por entender, percebi que, por Amar a mim mesma, não vou aceitar que me tratem de forma diversa, daquela com a qual trato os outros. Entendi que Estar Feliz comigo mesma, não depende de ninguém. E, que, se entendo isso, o outro também entende. Se escolho não ofender, não ferir, não escarnecer… por que vou aceitar que me tratem assim? O que estarei dizendo, ao aceitar ser tratada dessa forma?
Cansei de ser boazinha, cansei de ser saco de pancada, alvo de “dedo apontador”.
Entendi, afinal que, nem sempre a lado luminoso é o lado do mártir, menos ainda do carrasco... e, como diz o pensador: “Ando preferindo ter paz do que razão, por isso, a razão é toda sua.”
Fui.