Perfil e consequências de um sicofanta
O sujeito era um sicofanta. Sem limites, sem qualquer mínimo de decência, era um bravateiro contumaz. Para alcançar o que pretende, como o ladrão a escalar a janela, o sicofanta não se contém frente ao obstáculo. Nada, mesmo que confrontado com a realidade, lhe faz retroceder. O sicofanta, quando em associação ao oligofrênico, como uma bomba que elimina a tudo e todos em volta, mais do que um desvio de caráter, torna-se um anunciador da morte. Somente sua nefasta presença, sem que precise anunciar qualquer medida ou esboçar qualquer ordem, sua nefasta presença, como o agourento canto do corvo sobre a tumba de Edgar Alan Poe, carrega o cheiro miasmático característico. Fato é: o infausto, traz a marca e a sombra da morte.
Negar, e, mais, repugnante, é ver o beócio, e seu, igualmente repugnante exército, chacotear sobre o sofrimento alheio. O grau de desumanidade, em si condenável, se compara a acontecimentos que mancham o espírito Humano. Assim, e sem exageros, não serão infundadas as comparações - para não dizer, continuidade - dos crimes ocorridos em curto espaço de tempo histórico.
Todavia, o caráter criminoso se agrava quando se constatam as tentativas de se auferir ganhos monetários. Mercantilizar a vida, eis o que sobressai desse vergonhoso Ice Berg. Porém, não se nega, sob o ice berg, considerada a profundeza oceânica, ocorrem fenômenos capazes de provocarem verdadeiros tsunamis.
Considerada a capacidade destrutiva do fenômeno natural, igualmente destrutiva é a índole do sujeito sicofanta. Avesso aos males que causa, posto que, desprovido da capacidade de senso crítico, porque, negá-la, e ou, deliberadamente ignorá-la, faz parte do arcabouço dissimulatório, do ignóbel. O sujeito biltre, não se dobra e, tampouco, se convence da maledicência que causa. Nesse aspecto, pode-se dizer que o nefasto é nulo de sentimentos e oco como uma bexiga.
Dita essas palavras, com lágrimas nos olhos, o velho, que já vivera tantos e tantos reveses impostos pela vida, não suportando a dor causada pelas palavras daquele que tripudia a vida, o velho, num gesto simples, porém, carregado de humanidade, beija a flor que traz à mãos e a deposita sobre o ataúde do amigo que parte.