Estética, Arte e Política

O documentário "Arquitetura da Destruição" faz um recorte de como a arte pode influenciar a vida política das sociedades. O princípio do nazismo era suprimir do mundo toda e qualquer arte que não fosse ariana. A ideia de Hitler e seus seguidores eram de Estética a partir daquilo que eles julgavam como boa arte, boa música e belo. Muito antes de chegar ao poder, o líder nazista sonhou em tornar-se artista., era fascinado por arte....Em tempo de guerra, adquiriu milhares de quadros, pinturas, esculturas....

Ele produziu gravuras que posteriormente foram utilizadas como modelo em obras arquitetônicas, sendo um artista mediano e frustrado no sonho de se tornar um arquiteto. Idealizou o antissemitismo, o culto ao legado nórdico e o mito do sangue puro, ou da raça ariana. Hitler usou seus talentos genéticos ou adquiridos em relação à arte para construir a propaganda nazista. Ele próprio elaborou a bandeira do partido, uniformes militares e estandartes. A propaganda nazista dá vazão à ambição artística de Hitler. Para ele, "o maior princípio de beleza é a saúde". Emerge assim uma "medicina nazista" que valoriza o corpo, o belo e estava disposta a extirpar os males que pudessem afetar essa obra.

Dito isto, percebe-se o quanto a Estética e Arte estão presentes na vida das pessoas. De alguma forma, encaramos a estética e arte como algo de menor importância na vida política da sociedade. O documentário “Arquitetura da Destruição” fica clarividente que esse posicionamento “artístico” foi determinante à causa política do maior genocida da história.

Percebemos o quanto o pensamento estético clássico foi usado para influenciar o posicionamento político de Hitler, seus seguidores e a população alemã. Médicos e estetas alemães usavam fotos de pessoas doentes, especialmente de manicômios, de pessoas com deficiências física e motora para simular e acusar o movimento artístico Moderno como sendo uma arte capenga, horrorosa e, portanto, digna de ser exterminado não só a arte Moderna, mas sim os artistas e àquelas pessoas assemelhadas a fotos trazidas pelo movimento artístico-político do Nazismo. Na verdade, tais movimentos embasaram justamente a sua teoria da purificação das artes e das pessoas. Adolf Hitler tinha fascínio por artes clássicas, pelos povos gregos, Atena, Paris e Roma. Tanto que determinou que tais culturas e, principalmente, cidades históricas não fossem destruídas pela guerra.

Em si tratando de arte e sabendo das várias correntes estéticas, - e por que não dizer política- defendemos que sempre deve haver o meio termo, jamais podemos nos pautar pelo extremismo. Devemos reconhecer movimento esteta como um posicionamento do homem, o qual sempre vai se somando em movimentos cíclicos, portanto, sem absolutismo.

Por Manoel Serafim

Academia de Ciências, Letras e Artes Capistrano de Abreu

ManoelSerafimSilva
Enviado por ManoelSerafimSilva em 22/06/2021
Reeditado em 23/06/2021
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