CUIDADO: Salafrários à vista!

*Por Antônio F. Bispo

Alertamos aos usuários dos serviços religioso desse espaço, que o cuidado, o zelo e a proteção de deus aos que nele creem fica apenas no folclore dos povos dos tempos bíblicos. Vivemos em outra sociedade, época, cultura, leis, estado e constituição própria. Aqui você deve se responsabilizar pelos seus atos, bem como responsabilizar (com provas) todos os infratores, aliciadores e abusadores de todos os tipos, independente da função eclesiástica que ocupe. Ninguém estará acima da lei e da constituição deste pais. Havendo crimes contra a honra, o patrimônio, a sexualidade ou sanidade de qualquer pessoa de dentro ou fora desse ambiente, os infratores irão responder civil e criminalmente perante um tribunal e não perante “a ira, a justiça e o juízo divino”.

Avisos como esses seriam bem úteis se fossem colocados previamente nas portas de algumas igrejas. Isso salvaria a sanidade, o bolso, a sexualidade e o tempo preciosíssimo de muita gente, principalmente dos que foram ensinados desde cedo a acreditar que todo líder religioso é uma pessoa decente e que dentro das igrejas só tem gente boa.

Assim como em alguns maços de cigarros mostram fotos perturbadoras de pessoas que ficaram debilitadas devido ao uso (exagerado) desta substancia, quem sabe no futuro algum tipo de lei seja aprovada, permitindo que ex-membros de algumas dessas instituições possam expor de forma legal e em local visível (como em um mural) da igreja qual faziam parte, os prejuízos, dores, pânicos, humilhações e danos psicológicos permanentes qual foram expostos ou foram obrigados (em nome de deus) a executar contra outros membros.

Todos conhecem (ainda que neguem) a história de alguém (ou várias pessoas) que se deram muito mal nesses recintos. Alguns foram à falência; outros sofreram abusos diversos; outros foram submetidos a trabalhos análogos a escravidão (exercendo diversas funções na igreja de forma “voluntária” enquanto o líder só aparecia para pegar o dízimo e “descer o cajado” nos crentes; e outros ainda tiveram sua reputação destruída (pelos próprio líderes e membros influentes da igreja) no dia em que anunciaram seu desligamento.

Esse último fato é o mais comum e o mais relevante, pois é o que mais meche com o psicológico de um ex-crente por tratar-se da construção e desconstrução de uma realidade vivida ou presenciada, cujos motivos os levaram ao tal desligamento.

Em sites de desabafos, em grupos de desigrejados e principalmente em grupos ateístas esses casos são acrescentados diariamente, já que dentro das igrejas essas pessoas jamais puderam ser ouvidas, ou foram desmoralizadas ao contar suas dores. Entre esses há pessoas de diversas idades, sexos e condições financeiras diferentes, mas todas elas no fundo conta a mesma historias: foram convencidas a entrar em uma igreja sob pretexto de que ali era um lugar santo, só de gente boa, de escolhidas que iam para os céus e que o próprio deus guardaria e cuidaria de todos e acabaram se deparando com gente da pior qualidade que as fizeram sofrer de diversas formas e além disso as desmentiram ou fizeram silenciar de diversas formas!

Quando invocavam o juízo e a justiça divina (ensinados pela própria casa), ouviam dos próprios detratores que deus não ouvia pecadores, e se tudo aquilo tudo tinha acontecido com eles, era um sinal de que deus não os amava, e que era melhor aceitar ou abandonar o local.

Algumas entre esses comentam que por meses à fio tiveram os seus movimentos rastreados após o desligamento, tendo suas redes de contatos reais e virtuais sondados com frequências para ver se algum segredo da igreja ou do líder não havia sido vazada por eles. Quando percebiam que o ex-membro comentava algo (por mais irrelevante que fosse), uma avalanche de falsas acusações eram feitas, dando-se a entender que o fiel havia deixado o posto (a igreja) pois estava em pecado e não o contrário!

O maior absurdo desse tipo de ataque consistia (ou ainda consiste) quando pessoas que nem sequer convivia (ou convive) com o ex-mebro (mas que eram parentes ou do círculo de amizades do líder da igreja) saiam à esse tipo de sondagem, descontruindo a imagem do ex-crente, no intuito apenas de salvar a moral de alguém que abertamente agia como um ditador ou pilantra, dando respostas prontas à todos os sondados, caso o “desviado” fosse “fofocar” outra vez.

-Eu já sei de toda a verdade ao seu respeito....

Esse é o tipo mais comum de frase feita que os aliados de um charlatão põe na boca de alguém que anteriormente ouvira um desabafo de uma pessoa prejudicada por um líder picareta ou seus capachos. Essa frase sempre dita com desdém ou de forma jocosa, faz com que o relator do caso chegue a duvidar de si próprio, questionado por vezes sua própria lucidez mediante os fatos ocorrido a versão alternativa contada pelo pilantra-mor e seus comparsas.

Um dos casos mais graves que já me foi noticiado diz respeito a um jovem que largou a igreja depois de quase 15 anos num ambiente extremamente doentio, sofrendo em silencio e sendo por diversas vezes motivo de chacota e desprezo por várias pessoas cientes ou não dos fatos ocorridos.

Ele, apesar de ter sido abusado sexualmente por um “pregador de fogo”, quando relatou o ocorrido às lideranças, viu seu caso ser abafado e distorcido para salvar a imagem da igreja, do pregador e acima de tudo para manter o lucro frequente que este trazia toda vez que visitava a cidade.

De acordo com esse jovem (agora com quase 30 anos), quando ele tinha acabado de completar 15 anos de idade, um de seus amigos o convidou para a igreja e ele foi. No fim do culto, após um apelo ameaçador com inferno, demônios e todos os tipos de doenças (caso a pessoa rejeitasse a jesus) e a falsa promessa de uma igreja ordeira, cheia de gente honesta e decente e um lugar especial no paraíso eterno (caso a pessoa aceite a jesus), por medo, ele acabou aceitando a segunda opção.

Com apenas 3 meses que estava na igreja, apareceu um “super pregador” na igreja para “descer o rolo de Jeová”.

Era do tipo não fala uma única palavra inteligível, que sapateava no poder, que pisa na cabeça do diabo e que punha toda igreja em frenesi durante o rito de culto sem que de nada proveitoso fosse dito ou feito. Apenas glossolalia e palavras tolas gritadas de forma estridente, ferindo os tímpanos e causando mal-estar a qualquer um que a inda tenha um pingo de sanidade eram ditas pelo “homem de deus”.

Como dito, esse pregador além dessa ilustre “qualidade”, era muito hábil na arte de pedir dinheiro (extorquir) e ainda por cima não cobrava nenhum centavo para pregar. Dizia viver para cristo e em função de sua obra. Pedia apenas o dinheiro das passagens e do almoço durante as viagens.

Outro fato, é que diferente de outros pregadores que além de cobrar cachê para pregar, exigia também a dormida em hotéis caros e outras exigências, esse porém nada exigia (os pastores amavam). Dizia que era humilde o bastante para dormir na casa de qualquer crente, de preferência velhinhas que moravam sozinhas, para não dar muito trabalho (ele dizia).

A única exigência dele era que o pastor ordenasse que um jovem (mancebo) da igreja fosse lhe fazer companhia durante a noite, pois ele dizia ter medo de dormir sozinho, e que nunca em toda sua vida havia ficado só em um quarto durante o sono. Por isso fazia esse sublime pedido ao chefe da igreja que o atendia prontamente pensando em quanto pouparia em relação as regalias costumeiras de outros pregadores

Vejam só: um “ungido” que durante o culto expulsava demônios, falava em línguas, “curava” as pessoas, profetizava e tinha revelações diversas, tinha medo de dormir sozinho. Mas quem diria!

Pois bem, após o culto uma irmã idosa cedeu um quarto de sua casa para esse pregador passasse a noite e o rapaz recém convertido fora o escolhido para fazer companhia a esse “santo de deus”.

O jovem confessou-me que sentiu-se elogiado, pois até aquele dia ele só pensava coisa boa dos crentes de modo geral e dormir no mesmo quarto que um “profeta”, seria para ele uma experiência enriquecedora. Ele achou que de certa forma, o deus que enchia e dava poderes especiais ao pregador o visitaria e o encheria do mesmo jeito.

Mas o pior estava por vir!

Naquela noite ocorreu o inimaginável e sua vida mudou completamente. À partir daquele instante em diante até o seu desligamento da igreja, ele viveria literalmente às margem do inferno.

Ele dissera que em menos de uma hora após adormecer no mesmo quarto com o pregador (estavam dormindo em camas separadas), sentiu uma mão abrir o zíper de sua calça e rapidamente uma boca engoliu de uma só vez todo o seu membro sexual. Ele abriu os olhos e quando viu quem era o autor de tal façanha tentou gritar, mas rapidamente o pregador o sufocou com uma das mãos, enquanto “descascava-lhe” o membro com a outra.

O “homem santo de deus” que apenas duas horas atrás estava pregando e profetizando na igreja, estava ali agora, semelhante a uma “puta desesperada”, mamando o membro daquele rapaz ainda em puberdade.

Logo ele, que ainda era virgem, e segundo o que aprendera na própria igreja sobre pecados sexuais, fizera um voto diante de deus de se manter casto até o dia do casamento. Agora estava ele ali, perdendo sua pureza não com a moça dos seus sonhos, mas com um malandro, um salafrário, um barbado, feio, velho e de bunda seca, que tinha mais idade que o seu próprio pai.

Ele tentou se soltar, então com um olhar furioso o pregador disse de forma baixa e rude:

-Preste bem atenção seu moleque: você vai deixar eu curtir esse momento e não vai falar nada a ninguém! Se lembre que eu sou ungido do senhor. Se lembre que eu posso expulsar demônios e também posso invoca-lo para te atormentar se eu quiser. Se lembre ainda que com apenas um sopro eu consigo derrubar os crentes nos cultos e até o pastor...

O jovem conseguiu murmurar:

-Mas isso é errado! A bíblia condena esse ato. Isso que você está fazendo é pecado e está me fazendo pecar também!

O salafrário respondeu:

-Calado! Não venha me dar sermão! Eu tenho mais de 20 anos de crente a você apenas 3 meses. Eu conheço a bíblia muito mais que você e se realmente eu vier a pecar, pela unção que há em mim, só deus poderá me julgar e não um novo convertido como você! E se você pecar, eu oro e peço a deus perdão por você e deus o perdoará. Tenho moral com ele. Você me viu em ação no culto e sabe como deus me usa. Acha que se deus não estivesse do meu lado eu faria tudo aquilo que fiz hoje? Agora relaxe e curta também o que estou fazendo...

Dito isto, o homem que se dizia ungido e protegido de deus, tornou a sugar o órgão genital do jovem, tentando extrair desse um outro tipo de unção pastosa que ele parecia conhecer bem. Enquanto ele (o pregador) “se acabava” fazendo movimentos loucos com a boca, sugando com toda força, tentando engolir até as bolas do rapaz, ele, o jovem novo convertido agonizava no corpo e na alma, chorando baixinho, questionando a deus se aquela era a gente honesta e santa que no dia de sua conversão lhe fora apresentada.

O monstro saciou-se como quis e o jovem tentou dormir mas não conseguira.

Quase uma hora depois foi atacado outra vez pelo mesmo monstro e uma terceira vez quase o com o dia amanhecendo.

Ambos não conseguiram dormir. Um por deliciar-se no prazer e outro por sofrer no corpo e na alma lembranças que jamais sairiam de sua memória.

Pela manhã o jovem abusado fizera questão de “fugir” da casa da senhora que abrigou os dois, enquanto que o pregador já tinha dito antes de adormecer, que “ser usado por deus” o deixava muito cansado, e que anfitriã só o acordasse para o almoço e o deixasse dormir em paz.

O jovem foi direto à casa do pastor denunciar o ocorrido e como dito pelo próprio pregador, ninguém acreditaria em sua história e para cada uma pessoa que acreditasse, haveria pelo menos 20 para desmenti-lo e que seria inútil tentar manchar a imagem de um homem de deus. O pastor parecia saber de tudo. Parecia acreditar em tudo, mas mesmo assim dissera ao jovem que tudo aquilo não passava de um sonho maligno que o diabo implantara na mente dele para causar alvoroço na obra de deus.

Por anos à fio o jovem injustiçado tentou contar o que acontecera, mas como previsto, sempre tinha alguém para dizer que ele havia inventado tudo aquilo e que a maior prova disso era que “deus” ainda continuava usando o pregador, e se isso fosse verdade, o espirito de deus tiraria toda a “unção” que nele havia e ele jamais pregaria “como tanta unção”.

Somente com o passar do tempo é que ele descobriu não ser a única vítima desse pregador. Que em cada cidade onde este passava algo semelhante acontecia e que todos os pastores envolvidos sabiam de longe da fama dele e que o fato dele angariar fundos e público para a igreja sem dar despesas, era a justificativa (não verbal) para que todos eles silenciassem ou desmentissem casos como esses do rapaz.

O jovem notara que desde a primeira vez que tentou contar sua versão dos fatos pra qualquer crente era desmentido veementemente e que todos os seus passos passaram a ser vigiados e suas amizades monitoradas. Cada vez que ele tocava no assunto, era chamado de louco ou mentiroso até o ponto de se desligar da igreja quase 15 anos depois do ocorrido.

Como em qualquer igreja pouca gente acredita na versão de um “desviado” e como o termo desviado (para os crentes) é sinônimo de revolta, rebeldia ou heresia, fazer com que uma pessoa que sofrera um abuso se desvie é um ponto favorável para que sua palavra não tenha crédito algum, ainda que este apresente provas cabais dos fatos ocorridos.

Pois bem, mediante a ocorrido como esses, o crente fiel (no bom sentido da palavra) tem dois caminhos: aceitar viver no meio de toda essa hipocrisia e se tornar um deles, ou abandonar a “casa de deus” e procurar viver uma vida digna, longe de gente desse tipo e enfrentar os detratores que prontamente servirão de escudo para defender o infrator, o líder da igreja e acima de tudo “o deus que nunca falha”.

Não importa qual seja a escolha! Encontros com gente desse tipo em lugares que dizem ser o baluarte da fé, da moral e da decência humana, causará sérios transtornos mentais, que poderá se manifestar de diversas formas ou em ocasiões diversar durante toda a vida do fiel (ou ex-membro).

É preciso deixar bem claro para qualquer pessoa (principalmente dentro das igrejas), que não há homem de deus, ungido de deus ou povo de deus e que qualquer um que defenda a própria infalibilidade e comunhão plena com deus deve ser monitorado. Os que defendem a pureza ilibada da hierarquia dos líderes religioso, missionários e de qualquer um que tenha função dentro de uma igreja devem estar sob mesma observação. Quem defende a infalibilidade e cuidado de deus em cuidar dos seus servos ou é hipócrita ou precisa de cuidados psiquiátricos.

É preciso entender que pode haver gente boa e gente ruim em qualquer lugar (inclusive nas igrejas), mas qualquer pessoa que defenda cegamente aquele lugar como lugar santo e de gente santa, pode estar mentindo, não é frequente, ou ainda não passou tempo o bastante para ver e viver como realmente as coisas são.

Pessoas protegem ou maltratam pessoas. Os deuses nem fedem nem cheiram. Nem poderão te abençoar e nem tão pouco te socorrer quando tu fores ameaçados por qualquer pessoa, principalmente pelos que dizem ser seus representantes.

Se temos que lutar por algo, que lutemos por uma sociedade mais justas, com leis igualitárias a todos, que não concedam privilégios extras à ninguém que portando “um livro sagrado” afirme estar em função divina.

Qualquer sociedade que ao invés de aprimorar a aplicação de suas leias, procurar aprimorar sua forma de culto as divindades (seja ela qual for) estará sujeita ao fracasso, ao despotismo e a uma profunda desigualdade social.

Que a liberdade de culto de um não seja o motivo de opressão de outros!

Aos que por indução ou vontade própria dependem desses lugares, sugiro que ao primeiro sinal canalhice, caia fora, pois a gravação de vídeos, fotos ou outras provas contra certos “protegidos de deus” de nada servirá para incriminá-los perante uma igreja cega, amedrontada ou manipulada. O errado sempre será você e não eles.

A vida é muito curta para carregar dores infringidas por falsos moralistas que se escondem atrás de uma bíblia para cometer delitos.

Pensem nisso. REVEJAM SEUS CONCEITOS!

Saúde e Sanidade à todos!

Texto escrito em 23/5/21

Ferreira Bispo
Enviado por Ferreira Bispo em 26/05/2021
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