Tempo de Paz

        Desta vez ela calou-se.

Apenas ouviu, nada falou.
Concordava, acenando um gesto com a cabeça, mas nada falava.
Olhos encheram-se de lágrimas, porém, nenhuma ousou escorrer pelo rosto.
Enquanto eu falava, percebia algo diferente...

Você não me ouvia, você falava com Deus naquele momento...

E então te vi menina, aos olhos de teu Pai Celeste,
e uma cura se efetuou, e uma paz reinou em ti.
A paz que tanto desejavas... agora tens.
O que queres terás.
Tua oração, teu clamor, teu anseio, virá sobre ti paz.

        Não era o que eu falava...
        Não era a minha história.

Mas o que era então? Que te afligia naquele instante?

        E ao mesmo tempo Paz.
        E ao mesmo tempo Paz.
    Tormento em paz.

Deus ouviu dos Céus, Ele te amou também.

(Vaso quebrado é obra perfeita na mão de Deus)



Carta escrita.. jamais dada. Precisei apenas escrevê-la.


Patrícia Fonseca
Enviado por Patrícia Fonseca em 16/11/2005
Reeditado em 05/12/2005
Código do texto: T72496