Tudo é Relativo

Tema – Ciências Físicas

O movimento é dotado de relatividade, é uma propriedade intrínseca a ele. O movimento é relativo inclusive à posição ou ao próprio movimento do observador do objeto que está em movimento. Ambiguidades a parte, parte-se para uma exemplificação de cunho prático, na qual enseja dar uma roupagem mais casual e entendível. Ao atravessar uma sala a pé, e haver um observador parado no recinto, este julgará a sua velocidade a cerca de 5 km por hora. Entretanto os dois indivíduos que encontram-se na sala, estão localizados em um corpo muito maior, o planeta Terra, que gira em movimento rotacional a mais de 1.600 km horários e transacional a cerca de 104 mil km/hora (evidentemente números aproximativos), ou seja, a uma velocidade assombrosa para os padrões humanos. Porém os indivíduos que estão localizados fisicamente na sala, nota-se o movimento apenas do que está caminhando (atravessando a sala a pé). Ao ponto que se no exato momento um observador de um planeta distante, ao observar a Terra, a veria em constante movimento.

O grande Galileu Galilei, apercebeu-se deste detalhe a respeito do movimento. Muito embora em suas especulações restringir-se-ia a exemplos terrenos, tais como uma pessoa em um navio, que fosse vista por outra pessoa (observador) na praia. Pode-se inferir que a velocidade em que um determinado objeto se move depende sim do ponto referencial de observação. O movimento de um corpo somente pode ser quantificado, portanto medido, quando relacioná-lo com outros objetos e/ou observadores.

No caso, conforme o apregoado no parágrafo primeiro, o referencial para a medição do movimento foi a sala (recinto) onde os indivíduos estavam.

Coube entretanto a Albert Einstein, romper o status quo e trazer à tona a exceção à regra estabelecida. Einstein postulou que a luz (aqui nesta abordagem colocada de forma simplista e objetiva), sempre viaja a uma velocidade constante, e isto independe completamente por exemplo da velocidade individual que o observador desloca-se. O feixe de luz sempre desloca-se a 299.792.458 metros por segundo (quase 300 mil km/h), uma velocidade absurda que transcende aos sentidos humanos. O paradoxo colocado aqui é o seguinte; a velocidade da luz é constante, e as outras coisas não (inclusive o tempo é dotado de relatividade). O fato é que ao aproximar-se da velocidade da luz o tempo tem um comportamento diferente podemos dizer; ele desacelere e se contrai. Experimentos com relógios atômicos (dotados de grande precisão) provaram esta postulação. Quando dois relógios atômicos foram sincronizados na marcação do horário de cada um, um foi colocado em um avião que deslocou-se a uma velocidade rápida e o outro deixado estático no solo; o que estava no avião registrou um tempo ínfimo mais curto do que o outro.

Na teoria geral da relatividade Einstein procedeu com a junção de três aspectos podemos assim denominar, aparentemente diferentes e até então dissociáveis, são eles: tempo, espaço e matéria, estes evidentemente compõe o Cosmo e nos rodeiam, sentimos seus efeitos de forma direta. Sumariamente, a matéria curva o espaço-tempo, como uma bola pesada quando arremessada em uma manta esticada, e causa o efeito de afundamento. A matéria influencia diretamente às dimensões cosmológicas espaço e tempo, criando uma onda de relatividade temporal, onde cada setor do Cosmo tem o seu próprio tempo, dada a concentração descontinuada de matéria na composição do Cosmo. A manta cósmica é composta de partículas mais “leves” e dotadas e menor massa (basicamente do elemento hidrogênio), quando relacionadas a corpos supermassivos como o sol (onde há grande processo nuclear de hidrogênio e hélio), resultado da condensação e atração gravitacional de uma nuvem gasosa, constituída basicamente de prótons e constituição de 90% hidrogênio e 9% hélio.

O modo como os objetos e a própria luz se movem, quando relacionados a curva no espaço-tempo promovida pela concentração de matéria, denomina-se gravidade. A atração gravitacional entre os corpos consiste no aspecto de que o corpo com matéria maior “atrai” para a sua órbita o de menor matéria, restringindo-se então à curvatura espaço-tempo deflagrada pelo corpo que o atraiu. De uma forma ilustrativa, diz-se que a bola pequena quando jogada na manta esticada tende naturalmente à ser atraída pela cavidade ou deformação promovida pela bola maior e mais pesada, seguindo um traçado elipsoidal, tal igual aos movimentos planetários no espectro do sistema solar.

Fonte: Da Filosofia ao Enigma da Matéria Negra – A História da Física: A. Rooney

Daniel Marin
Enviado por Daniel Marin em 25/04/2021
Código do texto: T7241144
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