A Arte da Investigação Científica no Campo Ético de Aristóteles

Tema – Filosofia e Ciência

Toda a arte investigatória no campo científico, objeta indubitavelmente resolver e corroborar uma hipótese. Tomado de um ponto puramente materialista e generalista, pode-se com grande clareza inferir que toda a ação caracteristicamente de investigação, que enseja aprofundar-se numa temática explicativa fenomenológica, visa um bem qualquer. Evidentemente pode-se dissertar sem qualquer delonga, que são muitas as ações pertinazes à ciência, bem como muitas são as suas finalidades. A finalidade das ciências médicas é a saúde do indivíduo, da construção naval é o navio, da biologia é o estudo na sua magnitude da vida no planeta, são exemplificações ilustrativas e textuais. Não faz diferença alguma no tangente a natureza de cada ciência, à essência de todas, reside no fato ansiar atingir um objetivo, respondendo racionalmente à uma determinada hipótese colocada sob uma problemática, pertinente à área de cada respectiva ciência. Por exemplo o objetivo da biologia e da medicina (colocado aqui de forma simplória e direta), embasa-se na problemática latente na atualidade; é o de buscar uma “cura” eficaz (imunizante, medicamento, etc) para a pandemia por COVID. Para o atingimento do objetivo, parte-se de hipóteses já assentadas em toda uma base de cunho conceitual estudada. Evidentemente que nem sempre chega-se a solução, porém por mais errônea que seja a descoberta e que não sirva para absolutamente nada, assim mesmo há um a valia. E esta valia personifica-se justamente no fato de que todo o caminho pesquisado para chegar a comprovação da hipótese aventada, ser motivo de posteriores estudos dos pesquisadores futuros.

Nas asseverações de Aristóteles concernentes à ética e objetivamente pertinaz a investigação das ciências e artes, fica clarificado o aspecto de que à finalidade das ciências é promover o bem.

A visão Aristotélica, totalmente despida de insensatez e irracionalidade; um polímata dotado de excepcional capacidade lógico-cognitiva, não concebia que dedica-se tempo energia, para estudos científicos que objetassem promover a maldade à sociedade. De forma prática e porque não dizermos clara no raciocínio, no aspecto da ética nas ciências, deve-se sempre buscar o bem-estar das pessoas, ensejando desvendar os fenômenos naturais que nos cercam e acossam nossas mentes em especulações fecundas.

(Fonte: Aristóteles – Ética a Nicômaco)

Daniel Marin
Enviado por Daniel Marin em 30/03/2021
Código do texto: T7219982
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