ASAS FERIDAS
Suas asas de vidro
partiram-se na queda…
os estilhaços atingiram o meu coração.
Jorrou sangue da sua face estelar,
do meu corpo terreno fluiu
um rio de sons e arpejos dolorosos…
lágrimas escorreram dos teus e dos meus olhos,
divinos/humanos, o que somos, meu Amor?
O toque suave da dor,
ferindo nossos corpos,
nos traz a morte – com seu beijo,
frio e terno,
queimando nossa boca
com as geladas labaredas…
da Eternidade!