Talvez perpetua.
 
Talvez meu dia nem nasça
E eu possa te amar como nunca.
 
Talvez venha reeditar teus sentidos
Deixaria de ser literal para ser algo carnal.
 
Talvez dedos sejam mesmo tachinhas plantadas ao chão
Pelos, as fontes de escritas decifradas apenas pelos teus olhos
Boca a boca, o gosto esquecido em nostalgia direta de um beijo teu.
 
Talvez fomos feitos um para outro
Minha sombra seja tua imagem
E dos meus sentimentos construa teu prazer.
 
Talvez palavras feitas de papel arroz
Letras góticas de curvas perfeitas
Um corpo Itálico em negrito reluzente.
 
Talvez imaginando o nosso amor que se inscreve
Possa enfim fechar o círculo
E derramar meu gozo letras no teu ventre página.